Operação investiga propina em compra de leitos hospitalares no DF
Investigações apontam pagamento de vantagem indevida de 10% sobre o valor da compra dos leitos (R$ 4.620.000)
Brasil|Daniela Matos, da Record TV
Autoridades cumprem 13 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (23) em operação que investiga pagamento de propina na compra de leitos hospitalares pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que custaram R$ 4.620.000. A ação conta com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal).
De acordo com as investigações, o dono de uma empresa de leitos hospitalares teria pago propina de 10% do valor do negócio a agentes que atuariam em nome do ex-governador Agnelo Queiroz e do ex-secretário de saúde do DF Rafael Barbosa, para que a compra dos leitos fosse realizada com aquela companhia.
O valor teria sido pago por meio de contrato falso de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender seus produtos à secretaria e o Ibesp (Instituto Brasília para o Bem Estar do Servidor), comandado por Luiz Carlos do Carmo.
A operação Alto Escalão é um desdobramento de outra ação conduzida pelo órgão, batizada de Checkout, que resultou no oferecimento de denúncia em desfavor de servidores da Secretaria de Saúde que faziam parte da Gerência de Hotelaria da Pasta por terem recebido vantagens indevidas, materializadas por meio de passagens aéreas e pacotes de turísticos, tudo para favorecer a empresa vencedora.
Os alvos das buscas são Daniel Veras, Fabrício Andrade Carone, Ronaldo Pena Costa Júnior, Luiz Carlos do Carmo, João Kennedy Braga, Rafael de Aguiar Barbosa, Agnelo Santos Queiroz Filho, Ibesp, Clube Coat Eventos LTDA. ME, Wilhas Gomes da Silva, Mara Lucia Montandon Borges, Adriana Aparecida Zanini e Adalgisa Medeiros Teodoro.
O R7 tenta contato com a defesa dos citados.