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Padilha decide cancelar convênio do Ministério da Saúde com a ONG de seu pai

Ministro alega que o contrato é regular, mas quer evitar “exploração política” do caso

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Padilha: "Não foi repassado nenhum recurso à ONG"
Padilha: "Não foi repassado nenhum recurso à ONG"

Um dos últimos atos de Alexandre Padilha à frente do Ministério da Saúde será pedir o cancelamento do convênio firmado entre a pasta e a ONG (Organização Não-Governamental) Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, fundada por seu pai.

A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (30) pelo ministro, em São Paulo.

Padilha afirma que o convênio é totalmente regular e que, apesar de seu pai ser um dos sócios-fundadores da instituição, ele não ocupa nenhum cargo remunerado na ONG.

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Ainda assim, o ministro decidiu suspender o contrato para "poupar" a ONG e evitar questionamentos éticos sobre sua conduta.

— Para poupar a própria instituição, para que ninguém faça nenhum tipo de exploração política contra a instituição que existe há 20 anos [...] eu tomei a decisão de solicitar ao jurídico do ministério para cancelar esse convênio mesmo não existindo nenhum tipo de irregularidade nele.


O ministro, que deixa o cargo na próxima segunda-feira (3) para ser candidato ao governo do Estado de São Paulo, fez questão de lembrar que este não foi o primeiro convênio firmado entre o governo e a instituição do pai dele.

Padilha afirma que houve contratos com a ONG durante a gestão de José Serra (PSDB) no Ministério da Saúde e que a Koinonia “fez vários convênios com ministros do PSDB”. Padilha também lembrou que o primeiro contrato durante sua gestão foi em 2011 e “ninguém questionou”.


Críticas

Depois das notícias de que o Ministério da Saúde repassou R$ 199,8 mil para a Koinonia, a oposição decidiu pedir a sete ministérios as cópias de convênios e contratos firmados entre o governo federal.

Para o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), a contratação é imoral e suspeita. 

— Vamos apurar se o convênio é legal e se o serviço está sendo mesmo prestado com qualidade. Imoral ele já é e levanta dúvidas sobre um esquema de favorecimento para a entidade do pai do ministro.

Após anunciar que vai suspender o contrato, Padilha garantiu que nenhum recurso chegou a ser repassado para a ONG.

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