Pazuello diz a prefeitos que vai alterar a estratégia de vacinação
Frente Nacional de Prefeitos disse aguardar 4,7 milhões de novas vacinas a partir da próxima quarta-feira (24)
Brasil|Do R7
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta sexta-feira (19), em reunião com prefeitos, que vai alterar a estratégia de vacinação contra a covid-19 no Brasil. A fala surge após inúmeros municípios interromperem a vacinação pela falta de imunizantes.
De acordo com a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), 4,7 milhões de novas vacinas são aguardadas a partir da próxima quarta-feira (24) para a imunização de 4,7 milhões de brasileiros.
Pazuello também garantiu para os prefeitos presentes no encontro que “todos os leitos necessários, habilitados e usados serão pagos" pelo governo federal. "Ninguém vai ficar com leito sem poder usar e sem receber pelo uso”, escreveu a FNP nas redes sociais.
Cobrado pelo ex-prefeito de Campinas e presidente da FNP, Jonas Donizette (PSB), o ministro da Saúde garantiu que fará uma adaptação no PNI (Plano Nacional de Imunização) para incluir profissionais de ensino no grupo prioritário "o mais rápido possível, muito provavelmente até março".
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Os prefeitos de Salvador (BA), Bruno Reis (DEM), de Curitiba (PR), Rafael Greca (DEM), e de Cuiabá (MS), Emanuel Pinheiro (MDB), aproveitaram o encontro para manifestar o interesse na aquisição das vacinas pelos municípios. Eles, no entanto, afirmam que precisam de apoio para colocar o plano em prática.
Ontem (18), em reunião com governadores, Pazuello anunciou que serão distribuídas mais de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos Estados até julho. Ele avalia que a quantidade é "suficiente para dar tranquilidade de proteção à população contra essa doença”.
“Faço um apelo, não queremos disputar com o governo federal, mas seria importante permitir que Estados e municípios pudessem comprar para garantir a imunização”, pediu Reis. Segundo ele, Salvador já consegui fechar uma carta de crédito para comprar os imunizantes, mas a aquisição foi barrada "porque a embaixada colocou óbice".