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Pazuello ganha cargo na Secretaria-Geral do Exército em Brasília

Nomeação permite que ele saia de Manaus, onde estava lotado, e se fixe na capital federal. General é um dos alvos da CPI da Covid

Brasil|Daniela Matos e Lívia Veiga Santos, da Record TV em Brasília

Pazuello ficou 10 meses à frente do Ministério da Saúde
Pazuello ficou 10 meses à frente do Ministério da Saúde

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, exonerado há um mês por uma criticada gestão da pandemia, voltará para Brasília. O presidente Jair Bolsonaro publicou no Diário da Oficial da União desta sexta-feira (23) que o general da ativa assumirá um cargo na Secretaria-Geral do Exército. A nomeação permite que ele saia de Manaus, onde estava lotado, e se fixe na capital federal, deixando seu posto na 12ª Região Militar, no Amazonas.

Leia também:Bolsonaro deve dar cargo para Pazuello na Secretaria-Geral

Conforme antecipou o R7 Planalto nesta quinta-feira (22), o ex-titular da Saúde foi alocado ao posto para, depois, ser transferido à Secretaria-Geral da Presidência da República. A pasta é chefiada por Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que foi deputado entre 2003 a 2019 e possui experiência no Congresso Nacional.

Onyx tem a tarefa de treinar o ex-ministro da Saúde para falar na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid-19 no Senado, que investigará possíveis omissões do governo federal no combate à crise sanitária. Pazuello é um dos alvos das apurações do colegiado.


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Na semana passada, ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) sinalizaram que devem punir o general da ativa e seus auxiliares. Relator da ação sobre a conduta do Ministério da Saúde durante a crise sanitária, o ministro Benjamin Zymler disse que a pasta evitou assumir a liderança do combate ao novo coronavírus no país.

Segundo o relator, uma das ações da gestão de Pazuello foi mudar o plano de contingência do órgão na pandemia, com a finalidade de retirar responsabilidades do governo federal sobre o gerenciamento de estoques de medicamentos, insumos e testes.


"Em vez de expandir as ações para a assunção da centralidade da assistência farmacêutica e garantia de insumos necessários, o ministério excluiu, por meio de regulamento, as suas responsabilidades", afirmou Zymler.

Vale ressaltar que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou no fim de março a remessa de inquérito contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, por suposta omissão na gestão da crise do coronavírus no Amazonas para a primeira instância, na Justiça Federal do Distrito Federal. O pedido havia sido feito nesta quarta pela PGR (Procuradoria-Geral da República).


Instabilidade

Pela terceira vez em menos de um ano, Bolsonaro decidiu trocar o comando do Ministério da Saúde. Pressionado por falhas na gestão na pandemia de covid-19, principalmente pelo ritmo lento na vacinação, e pelo bloco do centrão, Pazuello deixou o cargo no dia 15 de março. Antes dele, ocuparam o posto os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

CPI da Covid

Além de investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia, em especial as ações relacionadas ao colapso do sistema de saúde de Amazonas, em janeiro deste ano, e os repasses de verbas federais a estados e municípios, a CPI da Covid vai apurar também o atraso na compra de vacinas prontas ou de matéria-prima para fabricá-las no Brasil. O grupo de parlamentares terá sua primeira reunião na terça-feira da semana que vem (27).

Com informações da Agência Estado e Reuters

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