PF investiga propina de R$ 3 mi a Cabral paga em dinheiro e em vinho
Polícia deflagrou nesta quinta a operação Golias, desdobramento da Lava jato, e ex-presidente do Banco Prosper é um dos alvos da investigação
Brasil|Giuliana Saringer, do R7
A Polícia Federal deflagrou a operação Golias na manhã desta quinta-feira (16), que investiga o pagamento de propina na venda da folha de pagamento dos servidores do Rio de Janeiro para contratação do Banco Prosper no processo de leilão do BERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro).
A propina de R$ 3,12 milhões teria sido paga em dinheiro e em vinhos que custavam mais de mil dólares no mercado internacional. A operação faz parte da Lava Jato do Rio de Janeiro.
O ex-presidente do Banco Prosper, Edson Figueiredo Menezes, é um dos alvos na operação e foi preso nesta manhã. A PF também cumpre seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário.
Segundo as investigações da PF, o governo do Rio de Janeiro contratou a FGV (Fundação Getulio Vargas) para uma consultoria independente para fixar o preço mínimo da alienação das ações do BERJ. Na mesma época, a FGV Projetos foi contratada para fazer um estudo de precificação da folha de pagamento dos funcionários do Estado.
O então governador do Rio, Sérgio Cabral, teria realizado o leilão do BERJ e a folha de pagamento dos servidores do Rio sob a condição da contratação do Prosper. Neste momento que Menezes teria feito os pagamentos em dinheiro e vinhos, feitos pela Remo Investements Ltd SA, uma de suas offshores.
As investigações apontaram que a offshore Remo também estava envolvida em pelo menos cinco operações de dólar-cabo e lavagem de capitais.
Em nota, a PF diz que "A Polícia Federal, na manhã de hoje (16/08), está nas ruas da capital fluminense para cumprir sete mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro".
O R7 procurou a defesa de Menezes, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto para manifestação.