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Piores rodovias do Brasil se concentram no Norte e Nordeste, aponta CNT

Trecho entre Marabá e Dom Eliseu, no Pará, foi o que teve a pior avaliação

Brasil|Do R7

CNT diz que rodovias ruins aumentam custo dos transportes.
CNT diz que rodovias ruins aumentam custo dos transportes.

A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgou nesta quarta-feira (4) um levantamento que mostra as melhores e as piores ligações rodoviárias do Brasil. O estudo leva em conta as condições de pavimentação, sinalização, situação de pontes e viadutos e a existência de erosões e buracos.

Foram avaliadas 109 ligações (veja arte abaixo). A pior delas fica entre Marabá e Dom Eliseu, no Pará. As duas cidades são conectadas pela BR-222. Outros trechos críticos foram constatados nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e pelo Distrito Federal.

Nenhuma das piores ligações avaliadas pela CNT é administrada por concessionária. Ao contrário disso, todos dez melhores trechos do País têm rodovias de gestão concessionada.

A melhor ligação é entre São Paulo e Limeira pela rodovia dos Bandeirantes. Todos os outros nove trechos mais bem avaliados pela CNT ficam no Estado de São Paulo.


Segundo o estudo, somente o pavimento ruim nas estradas gera um aumento de custo operacional de transportes de 40,2%. A entidade estima que para recuperar a infraestrutura rodoviária dos trechos classificados como regular, ruim ou péssimo serão necessários R$ 4,8 bilhões. Porém, o custo para resolver de vez todos os problemas rodoviários do País é bem mais alto: R$ 293,88 bilhões, segundo o Plano CNT de Transporte e Logística 2014.

Ainda segundo a CNT, há um descompasso entre a liberação das verbas para melhorias das estradas e o uso delas. Até setembro deste ano, nem metade dos R$ 10,34 bilhões autorizados pelo governo federal para melhorar e construir rodovias haviam sido gastos.


Será necessário executar mais de 600 projetos para deixar as rodovias brasileiras nas condições adequadas. Ao todo, 14.663 km de estradas dependem de duplicação, segundo a CNT.

A entidade também alerta para os gastos decorrentes das condições ruins das rodovias. Só com acidentes, o governo gastou R$ 12,3 bilhões em 2014. No ano passado, a Polícia Rodoviária Federal registrou quase 170 mil acidentes. Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2014, 6.742 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito.

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