Políticos e autoridades repercutem demissão de Nelson Teich
Oncologista ficou menos de um mês à frente do Ministério da Saúde após assumir o cargo de ministro Luiz Henrique Mandetta
Brasil|Do R7
A demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, repercutiu no mundo político e provocou reações de diferentes entidades nesta sexta-feira (15).
O senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, afirmou que Teich "não quis jogar fora o seu diploma e nem jogar fora a sua história de vida. Ele ficou do lado da ciência e do lado da medicina".
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) não citou Teich especificamente, mas disse no Twitter que o Brasil tem pressa e citou a mudança de protocolo em relação ao uso da cloroquina.
Também afiliada ao PSL, a deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal, divulgou que presta "solidariedade ao Ministro Teich, que tentou realizar seu trabalho". "Que Deus nos ajude e alguém bom ainda queira assumir esse Ministério", completou a deputada.
O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, também usou as redes sociais para se manifestar e citou o número de 13.993 mortos até quinta-feira (14).
Parlamentares de oposição também se manifestaram. O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que Teich "caiu diante da pressão de Bolsonaro para forçar o uso da cloroquina e afrouxar o isolamento. O presidente segue apostando no caos e jogando com a vida dos brasileiros".
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Conselho de Saúde
O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) disse manifestar "preocupação com a instabilidade no Ministério da Saúde e na condução da grave emergência em saúde que o país atravessa". "Estamos diante da maior calamidade na saúde pública"m disse o presidente da entidade, Alberto Beltrame. "A instabilidade e a falta de ações coordenadas e claras, neste momento, são inimigas da saúde e da vida", avaliou.
OAB
Poucos minutos após a divulgação da demissão de Teich, por volta das 12h, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, afirmou que, com método e paciência, "Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito."