Prisão de Thiago Brennand marca novo ciclo no combate à violência contra as mulheres no Brasil

Se o empresário (na verdade, herdeiro) Thiago Brennand chegar algemado pelos pés e pelas mãos ao Brasil, sob escolta da Polícia Federal, estaremos diante de um marco histórico. A extradição desse homem com extensa "capivara" de agressões e assédios a mulheres terá o poder simbólico de sinalizar para a sociedade brasileira que ninguém está acima da lei.

A arrogância e a covardia de Brennand foram uma afronta às suas vítimas, mas também à Justiça deste país. O agressor, réu em quatro processos, realmente achava que iria deixar de responder por seus crimes, fugindo para o exterior. Dinheiro não lhe falta. Chegou a querer impor condições para seu retorno ao Brasil.

A defesa do debochado provavelmente vai alegar problemas mentais, tão robustas são as provas contra o playboy assumido. Improvável que escape à manutenção de sua prisão preventiva. Ele já demonstrou com clareza que não respeita as leis, tampouco cultiva noções de caráter.

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Pois que se cumpra este destino ao milionário: tornar-se figura exemplar de que nosso país avança na luta contra a misoginia, o feminicídio, a banalização da violência contra a mulher. São crimes. E todos os cidadãos, seja quem for, devem pagar por eles.