Promotor do caso Mariana Ferrer pediu para mudar de área, diz MP-SC
Órgão esclarece que a saída de Alexandre Piazza para outra promotoria foi uma opção dele, e não houve qualquer tipo de pressão nesse sentido
Brasil|Marcos Rogério Lopes, do R7
O MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) afirmou que o promotor de Justiça Alexandre Piazza, responsável pela denúncia de estupro contra o empresário André de Camargo Aranha em julho de 2019, pediu para ser transferido a outra área de atuação dentro do órgão. De forma alguma, enfatiza a assessoria de imprensa, ele foi obrigado a deixar o caso.
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Aranha foi acusado de estuprar a influencer Mariana Ferrer em um beach club situado no Bairro Jurerê Internacional, em Florianópolis. Mas acabou absolvido pelo juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal da capital catarinense.
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O promotor, na ocasião, o acusou de estupro de vulnerável, já que a vítima, embriagada, não seria capaz de consentir com o ato sexual.
O MP catarinense esclarece que não houve qualquer tipo de pressão ou decisão interna de retirá-lo do caso. Teria sido apenas uma decisão pessoal, numa movimentação comum dentro do órgão.
"O promotor de Justiça fez uma opção voluntária para outra promotoria. A opção é um instituto, previsto na Lei Orgânica da Instituição (art. 148 e art. 125), que possibilita uma movimentação funcional dentro da mesma comarca", explica a assessoria.
O MP-SC não soube informar em que momento ocorreu a saída de Piazza do caso e sua substituição pelo promotor Thiago Carriço de Oliveira.
Oliveira, em suas alegações finais, citou que o empresário teria feito sexo com a jovem sem saber que ela estava embrigada, logo não teria tido a intenção de praticar o crime.