PSOL confirma chapa de Boulos e Erundina à Prefeitura de São Paulo
Para marcar o compromisso com a periferia, a convenção que homologou as candidaturas foi realizada em um campo de futebol de uma comunidade
Brasil|Do R7

O PSOL formalizou neste sábado (5) a candidatura da chapa composta por Guilherme Boulos e Luiza Erundina à Prefeitura de São Paulo. Na oficialização, a sigla fez ataques aos governos federal e estadual e estabeleceu a população das periferias como prioridade.
Para marcar o compromisso com a periferia, a convenção que homologou as candidaturas foi realizada em um campo de futebol na comunidade do Morro da Lua, em Campo Belo (zona sul).
No início do evento, o presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, defendeu que a campanha em São Paulo tente resgatar parte do eleitorado pobre que votou em Jair Bolsonaro.
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"A última grande decepção atende pelo nome Jair Bolsonaro. Nem todo mundo que votou no Bolsonaro é fascista. Nós temos que resgatar esse pessoal", disse o dirigente.
Quase todos os oradores lembraram do alto número de mortos e infectados pelo novo coronavírus e culparam os governos federal, estadual e municipal pela "tragédia". Boulos lembrou que só um dos quatro hospitais de campanha abertos em São Paulo fica na periferia, que a cidade é a segunda do mundo em número de mortos (só perde para Nova York) e que o índice de óbitos é maior nas regiões pobres do que nos de classe média e alta.
No discurso de abertura da campanha, o candidato do PSOL incluiu o tema do combate à corrupção. Citando o exemplo do governo Erundina, que construiu seis hospitais com um orçamento muito menor do que o atual, ele disse que é possível realizar benfeitorias se o dinheiro não for desviado para a corrupção e citou uma série de escândalos dos governos tucanos em São Paulo como a máfia da merenda, os desvios na construção do Rodoanel e nas linhas de trens e metrô.
Boulos aproveitou para alfinetar e pré-candidato Marcio França (PSB), que foi vice do governador tucano Geraldo Alckmin. "Quem vai representar os tucanos não é um só. Tem o candidato oficial, Bruno Covas, mas tem um monte que foi tucano a vida toda, foi vice do Alckmin e está escondendo o bico agora", afirmou.
Em rápida entrevista coletiva, Boulos disse que as pesquisas já o colocam como o candidato mais bem colocado no campo da esquerda, mas evitou fazer críticas ao PT. Segundo ele, as administrações petistas tiveram "méritos", mas a prioridade à periferia foi insuficiente.















