'Queda do PIB não será tão significativa', diz Mourão
Vice-presidente comemorou o resultado do terceiro trimestre da economia brasileira e ainda defendeu o retorno às aulas presenciais no país
Brasil|Daniela Matos, da Record TV Brasília
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comemorou nesta quinta-feira (3) o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mourão disse que o crescimento de 7,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo "bateu na trave" das expectativas do mercado.
"7,7% é um bom resultado. A expectativa é expectativa, né? A expectativa era 8? Bateu na trave”, afirmou.
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Em seguida, relembrou que “a queda do segundo trimestre foi muito grande" e explicou que esse recuo será recuperado "ao longo desse terceiro, mais o quarto [trimestre], lá pro ano que vem".
"Isso já era o esperado. Eu acho que o grande ponto é que as principais instituições davam que o Brasil ia ter uma queda grande esse ano e a queda não será tão significativa. Ter resultado negativo do PIB é muito ruim para o nosso país”, alegou.
Mourão aproveitou para elogiar o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vejo que trabalho do Guedes no sentido de propiciar, criar condições para setor privado investir e produzir. O trabalho é para alcançar os objetivos”, disse.
O vice ainda falou que a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, conforme sugestão do FMI (Fundo Monetário Internacional), “compete ao presidente, não passa por mim.”
Aulas presenciais
Mourão discursou ainda em favor do retorno às aulas presenciais, depois do anúncio e revogação de uma portaria do Ministério da Educação ontem. “Há muita hipocrisia nisso aí, né? Quem não quer voltar para a aula vai para o bar, balada. Se não pode, não pode pra tudo”, disse.
Lockdown
O vice falou ainda que algumas “situações que vivemos em abril, maio, junho vão retornar”, em referência à pandemia do novo coronavírus e a ocupação de hospitais. Mourão, porém, foi categórico ao criticar eventuais restrições mais duras de circulação.
"Lockdown é impossível de ser aplicado, né? Principalmente com cidades do tamanho do Rio de Janeiro. Gera mais controvérsias do que aspectos positivos”, encerrou.