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Representante da Davati disse que sabia de suposto pedido de propina

Cristiano Carvalho relatou ter ouvido "comissionamento", mas depois admitiu conhecimento do episódio com Ministério da Saúde

Brasil|Do R7, com Agência Estado

Roberto Dias nega ter pedido propina a vendedores da Davati
Roberto Dias nega ter pedido propina a vendedores da Davati

O representante da Davati Medical Supply, Cristiano Carvalho, confirmou nesta quinta-feira (15) à CPI da Covid que soube, por meio de seu colega na Davati, o policial militar Luiz Dominguetti, de suposto pedido de propina do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias durante negociação por vacinas contra covid-19. Dias nega as acusações e diz ser vítima de armação

Carvalho começou seu depoimento negando ter ouvido falar em "pedido de propina" e sim em "comissionamento". "A informação que veio a mim foi que, vale ressaltar isso, não foi o nome propina, ele usou comissionamento", declarou. A fala veio depois que o depoente foi pressionado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

O senador relembrou o testemunho de Dominguetti à CPI, que disse ter revelado o caso depois de Cristiano Carvalho o instruir para "falar tudo" sobre o jantar com Roberto Dias. "Vamos lá: "fala tudo" é fala tudo o quê?", questionou o parlamentar. "Sobre o suposto pedido de propina do Roberto Dias", respondeu Carvalho.

O depoente ainda destacou que foi procurado por Roberto Dias em 03 de fevereiro, e apresentou prints da conversa. Ele se disse "incrédulo" com que um funcionário do ministério da Saúde estivesse lhe procurando, afirmando que o contrato, "não fazia muito sentido".

A Davati diz ter atuado como intermediária na venda de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca ao governo brasileiro. A produtora da vacina, por sua vez, nega que trabalha com intermediárias.

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