A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha pediu favores para o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, menos de um mês antes da operação Porto Seguro ser deflagrada. A informação foi publicada nesta terça-feira (15) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Daiello é chefe do órgão que investigava Rosemary e faria apreensões em seu escritório semanas depois. De acordo com a matéria, dois policiais que atuaram na Porto Seguro afirmaram que a ex-chefe de gabinete pediu ao diretor da PF ajuda para seu marido, João Oliveira.
Ao policial, ela teria contado que o marido entrava com facilidades nos Estados Unidos só quando desembarcava em Nova York. Reclamou que ele sempre era revistado quando desembarcava por Miami. O pedido teria sido para que Daiello entrasse em contato com autoridades norte-americanas para tentar resolver a questão.
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O diretor sugeriu, então, que ela enviasse o pedido por e-mail, para deixar registrado o possível tráfico de influência.
À Folha de S. Paulo, o advogado de Rosemary Noronha, Celso Vilardi, disse ter visto o e-mail no material apreendido pela PF, mas afirmou que o e-mail não tinha relevância criminal.