Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais
Publicidade

Sem provas, Bolsonaro volta a falar em fraude nas eleições de 2018

Presidente quer voto impresso já nas eleições do ano que vem e adota tema como uma de suas principais bandeiras na Presidência

Brasil|Do R7


Bolsonaro após sair de templo religioso em Brasília
Bolsonaro após sair de templo religioso em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que as eleições de 2018 foram fraudadas, mesmo ele tendo sido o vencedor. Em tradicional conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada nesta manhã (5), o chefe do executivo federal afirmou que só foi eleito porque teve "muito voto". Mais uma vez, não apresentou provas de suas alegações.

Leia também

"Ninguém reclamou de ter tentado votar no 13 e não apareceu o barbudo, né? Agora, do lado de cá foi demais. Eu só cheguei porque tive muito voto", disse Bolsonaro a uma apoiadora que se apresentou como fiscal de uma sessão eleitoral em Ceilândia, região adminstrativa do Distrito Federal. Segundo ela, o "eleitor apertava 17 e saía 13". 

Uma de suas principais bandeiras à frente do governo, Bolsonaro defende a impressão do voto já nas eleições de 2022. Para ele, há uma "fraude escancarada" no modelo eleitoral atual. "Tiraram o Lula da cadeia e tornaram elegível para ele ser presidente na fraude", afirmou em outra conversa com seus apoiadores, na semana passada.

Entenda

Publicidade

A Câmara dos Deputados discute a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o voto impresso junto com a urna eletrônica em todas as eleições do país. A ideia é que uma cédula seja impressa após a votação eletrônica, para que o eleitor possa conferir o voto antes que seja depositado, de forma automática e sem contato manual, numa urna trancada para auditoria.

De autoria da deputada Bia Kicis, a PEC 135/19 não substitui a urna eletrônica por completo, mas, segundo a deputada, seria uma forma de auditar votos e evitar fraudes. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já possui sistema de auditoria das urnas, mas feito de forma eletrônica.

Publicidade

A confiabilidade das urnas eletrônicas e o alto custo para se implantar o voto impresso são os principais argumentos de quem prega a manutenção do modelo atual. Não há registro de fraude no Brasil na votação eletrônica em mais de 25 anos de uso. Além disso, o TSE já possui sistemas de auditagem.

Para o atual presidente da corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, retomar o voto impresso abriria margem para um "retrocesso", a volta a um passado em que fraudes em votações eram comuns no país.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.