STF nega recurso da defesa de Paulo Maluf em ação sobre movimentação de contas no exterior
Plenário entendeu que pedido tinha o objetivo exclusivo de atrasar julgamento do processo
Brasil|Do R7
Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou, nesta quinta-feira (17), um recurso da defesa de Flávio Maluf, filho do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que também é parte do processo, em um caso de movimentações de contas no exterior sob suspeita.
Os advogados de Maluf e do filho entraram com um agravo regimental, a fim de questionar uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação penal que envolve a dupla. Lewandowski negou um pedido da defesa de levantamento de mais provas e considerou que essa solicitação era apenas protelatória, ou seja, servia apenas para atrasar o julgamento. Hoje, o plenário do Supremo concordou com a posição de Lewandowski.
A defesa de Flávio e Paulo Maluf queria mais informações sobre a movimentação de contas mantidas no exterior, além de dados de uma casa de câmbio na capital paulista. Os advogados também queriam ter acesso a depoimentos de réus beneficiados pela delação premiada em outras ações penais e saber mais sobre a existência de processos por corrupção ativa relativos a diretores de uma construtora.
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Segundo o entendimento de Lewandowski, as informações solicitadas nada acrescentariam à condução da ação penal, sendo somente protelatórias.
Embargos de declaração
O plenário do STF também negou três embargos de declaração apresentados por investigados em um inquérito relativo ao deputado Paulo Maluf.
O inquérito foi julgado em setembro de 2011, quando o STF recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, por entender presentes evidências suficientes para a abertura de ação penal.