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Vacinação triplica em março, mas país sofre com falta de doses

Média diária de aplicações saltou de 138,9 mil em janeiro, quando começou a campanha de imunização, para 463,6 mil em março

Brasil|Do R7

Ritmo da vacinação contra covid cresceu, mas Brasil ainda carece de mais doses
Ritmo da vacinação contra covid cresceu, mas Brasil ainda carece de mais doses

A média diária de vacinação contra a covid-19, com os imunizantes CoronaVac e de Oxford, ganhou tração e triplicou no Brasil em março. O diagnóstico é fruto de um cruzamento de dados feito pelo R7, com base no portal @coronavirusbra1, que compila em tempo real as picadinhas nos braços dos brasileiros. Foram consideradas tanto a 1ª como a 2ª doses.

Em março, foram 463,6 mil doses injetadas, em média, em um único dia. Em janeiro, considerando que as aplicações começaram no dia 17, a média diária de imunizações era de 138,9 mil imunizações. Portanto, o ritmo ficou 3,3 vezes acima do que ocorreu nos dias de janeiro. Já em fevereiro, foram 227,9 mil, em média, de fármacos injetados por dia.

Até agora, com as 893.296 injeções do dia 1º de abril, o Brasil já aplicou a primeira dose em 18.718.409 pessoas e as duas doses em 5.251.213 brasileiros – vale lembrar que tanto a vacina de Oxford como a CoronaVac requerem duas doses para garantir a imunização.

Vacinas insuficientes

Com cerca de 210 milhões de habitantes, o Brasil ainda precisa de mais doses de vacina contra a covid-19 para garantir a imunização de toda a população. O Ministério da Saúde informa, em seu site oficial, ter enviado mais de 43 milhões de doses a estados e municípios desde 18 de janeiro. Destas, somente 18,9 milhões foram efetivamente aplicadas nos braços da população.


Para abril, o governo reduziu em 46% a previsão de entrega de doses ao projetar em 25,5 milhões a quantidade de fármacos que serão disponibilizados aos postos de saúde do país. Em meados de março, o Ministério da Saúde estimava despachar 47,3 milhões de doses neste mês.

Além da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, o governo brasileiro comprou mais 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer e outros 38 milhões da Johnson -- essa vacina requer apenas uma aplicação para garantir a imunização, o que deve permitir um aumento expressivo da imunização. 

O Ministério da Saúde informa que já garantiu, até o final de 2021, mais de 562 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Além das quatro vacinas, o Brasil também deve receber doses do consórcio Covax Facility, da Covaxin (da indiana Bharat Biotech) e da Sputnik V (fabricada pela brasileira União Química em parceria com o intistuto Gamaleya, da Rússa).

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