Número representa prisões desde janeiro de 2023
Divulgação/ Ministério da DefesaO número de garimpeiros ilegais presos em terras indígenas yanomamis chegou a 161 na última semana, segundo dados do Ministério da Defesa. O número representa o total de prisões desde janeiro deste ano. Na última quarta-feira (4), uma operação conjunta entre a Polícia Federal, o Exército e a Marinha desarticulou quatro áreas de garimpo ilegal na região, além de destruir materiais, uma aeronave e infraestruturas usadas para a atividade.
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Entre janeiro e 15 de setembro deste ano, a Operação Ágata Fronteira Norte prendeu 146 garimpeiros ilegais, além de apreender 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos.
Um relatório divulgado pela pasta em setembro mostrou que houve uma redução de 78,51% nas áreas atingidas pelo garimpo ilegal em terras indígenas yanomamis nos nove primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2022.
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No ano passado, o garimpo ocupou 999,91 hectares em terras indígenas; já neste ano, a área atingida caiu para 214,84. Segundo o Ministério da Defesa, a participação dos garimpeiros ilegais se mantém em pequenas áreas na região, com uma variação média de 4 hectares.
Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, foram realizadas 31 operações contra o garimpo ilegal em 2022. Até junho deste ano, as ações têm sido constantes, e 323 acampamentos e 151 balsas garimpeiras já foram destruídos. Além disso, houve o confisco de R$ 2 bilhões dos investigados.
Ainda segundo o ministro, os dados mostram uma consequência positiva em termos ambientais. Ele citou a melhora da qualidade da água em rios como Uraricoera (RR), Macujaí (RR), Couto de Magalhães (RR) e Juami (AM).