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R7 Brasília

Abraço da democracia e obras restauradas: veja agenda de Lula para o 8 de Janeiro

Presidente tem uma série de compromissos em defesa da democracia, em Brasília; Lira, Pacheco e Barroso não participam

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula, Barroso e Pacheco durante ato alusivo ao 8 de Janeiro, em 2024 Ricardo Stuckert/PR - 08.01.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (8) de cerimônia em memória dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A agenda, porém, não vai contar com a participação dos chefes do Legislativo — Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara dos Deputados) — e do Judiciário — Luís Roberto Barroso (STF). Entrega de obras restauradas, abraço da democracia, ato simbólico e roda de conversa estão entre os compromissos previstos na capital federal.

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No Palácio do Planalto, o primeiro momento está marcado para 9h30. Na ocasião, será feita a reintegração das obras de arte, como o relógio Balthazar Martinot. O objeto, feito no século 17 e doado pela corte francesa a dom João 6º, foi restaurado na Suíça sem custo para governo brasileiro. O item foi entregue na última terça-feira (7) pela Polícia Federal.

Depois, às 10h30, acontece o descerramento da obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, que também foi destruída por vândalos durante os atos extremistas. Segundo o Executivo, cinco estudantes do Projeto de Educação Patrimonial vão entregar a Lula réplicas que produziram da ânfora e da obra do pintor brasileiro.

Às 11h, haverá uma cerimônia com a presença de diversas autoridades. O Senado será representado pelo vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); o STF será representado pelo vice-presidente, ministro Edson Fachin. A Câmara não havia definido a autoridade que iria participar do compromisso até o fechamento desta matéria.


Por fim, o quarto momento será o “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes. Trata-se de um ato simbólico, em que as autoridades vão descer a rampa do Palácio do Planalto para se encontrar com o público.

Judiciário e Legislativo

O Legislativo não tem programação para os dois anos dos ataques do 8 de Janeiro. O Judiciário vai promover, às 14h, uma roda de conversa. Fachin vai abrir o encontro. Na sequência, serão recebidas obras de arte produzidas com destroços da invasão, feitas por quatro artistas plásticos de Brasília (Valéria Pena-Costa, Carppio de Morais, Marilu Cerqueira e Mário Jardim).


“Participarão da conversa servidores e colaboradores que atuaram na limpeza e reconstrução das instalações depredadas, além da restauração das obras destruídas durante a invasão à Suprema Corte. No mesmo dia, o Supremo lançará um hotsite de memória com informações completas, que vão desde os ataques e a destruição do prédio até o processo de reconstrução e a responsabilização daqueles que invadiram e depredaram as instalações da Corte”, diz a corte.

Democracia ameaçada

Na cerimônia de um ano dos ataques do 8 de Janeiro, em 2024, Lula defendeu a regulação das plataformas digitais. “Nossa democracia estará sob constante ameaça enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, afirmou o presidente na ocasião.


Segundo ele, as informações falsas disseminadas na internet foram “combustível” para as invasões e depredações das sedes dos Três Poderes no ano anterior.

Lula também destacou que liberdade não pode ser confundida com “permissão para atentar contra a democracia”. O presidente defendeu “punição exemplar” para os envolvidos nos atos de vandalismo.

“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram devem ser exemplarmente punidos, não há perdão para quem atenta contra a democracia, o país e o próprio povo. O perdão soaria como impunidade, e impunidade como salvo-conduto para novos atos terroristas no país”, argumentou.

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