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Ácido sulfúrico vazou, mas não houve contaminação da água do rio Tocantins, diz Sala de Crise

Mergulho indicou que tanque de ácido sulfúrico está perfurado; vazamento teria ocorrido no domingo

Cidades|Thays Martins, do R7, em Brasília

Ponte desabou no domingo Polícia Militar/Governo do Tocantins

Após uma semana do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek sobre o rio Tocantins, a Marinha liberou que mergulhadores das empresas responsáveis pelos caminhões que caíram na água com material químico olhassem a situação da carga. Até o momento, isso não tinha sido autorizado por todo o foco está nos resgates das vítimas.

Segundo o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranhão, Caco Graça, o primeiro parecer indica que houve vazamento do ácido sulfúrico ainda no domingo (22), dia do desabamento. “Uma das empresas de resposta já me passou o parecer, que é de uma das cargas de ácido sulfúrico. O tanque de ácido sulfúrico está perfurado. É compatível com a informação que obtivemos no domingo, dia do evento, por parte do Corpo de Bombeiros”, afirmou Caco durante a 2ª reunião da Sala de Crise, nesta segunda-feira (30).

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O ácido sulfúrico é corrosivo. Os dois caminhões que caíram na água carregavam 76 toneladas do produto. No entanto, apesar do vazamento, não há indícios de que houve contaminação da água. “Não teve nenhum registro de vida aquática morta”, disse Caco Graça.

Além disso, o relatório divulgado pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) na sexta-feira (27) não constatou ácido na água. Para Alan Vaz Lopes, superintendente adjunto de Operações e Eventos Críticos da ANA, a explicação pode está no vazamento ter ocorrido em uma profundidade muito grande.


O acompanhamento da qualidade da água está sendo feito pela UnB (Universidade de Brasília). “A UnB fez essa coleta e vai fazer as análises e passar para a gente os laudos com os resultados. O Ibama não tem esses equipamentos, por isso a gente solicitou apoio. As embarcações eram de empresas de resposta. O objetivo de fazer essa coleta de fundo foi, realmente, identificar se houve algum vazamento, tanto para segurança das equipes de mergulho quanto para a questão ambiental”, afirmou Cristiane de Oliveira, coordenadora-substituta do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas do Ibama.

Remoção dos veículos

Durante a reunião, também foi informado que as empresas responsáveis pelos veículos que transportavam o ácido sulfúrico e os defensivos agrícolas já foram notificadas para a remoção dos caminhões. Mas que a ação deve demorar alguns dias para ser concluída.


“Sem nenhuma detecção de problemas na qualidade da água até o momento e com essa perspectiva de termos um plano para remoção, de fato, das cargas pelas empresas, que fizeram mergulhos ontem e estão fazendo mergulhos hoje para refinar esse plano e iniciar as ações que vão levar uns bons dias até que se conclua”, explicou Alan Vaz Lopes.

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