O vice-presidente Geraldo Alckmin expressou preocupações sobre os efeitos do protecionismo nas relações comerciais globais e ressaltou a necessidade de promover o multilateralismo no comércio. Por outro lado, avaliou que o Brasil pode se favorecer do cenário atual. “A guerra comercial, o protecionismo não são bons para ninguém. O ideal é sempre promover o multilateralismo e o livre comércio com regras claras”, disse neste domingo (27), na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).Alckmin apontou que, no caso do Brasil, o acordo com a União Europeia é um passo importante nesse sentido. “Esse acordo vai abrir mais oportunidades para o agronegócio brasileiro. O agro pode se beneficiar ainda mais com as exportações”, afirmou, reforçando que a redução de barreiras comerciais proporcionará um ambiente mais favorável para o crescimento do setor agrícola.Com o fortalecimento do mercado externo, Alckmin também falou sobre as condições financeiras para que o Brasil possa aproveitar essas oportunidades, mencionando o papel fundamental do BNDES. “Foi criada uma linha muito boa para exportação, com financiamento em dólar - o que é muito mais barato. Mas, para isso, quem exporta precisa estar ‘hedgeado’, ou seja, protegido contra riscos de desvalorização cambial”, concluiu.Rodeado por possíveis candidatos de oposição na eleição de 2026, como os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin usou a cerimônia de abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), para listar entregas realizadas pelo governo federal e, especificamente, pela sua pasta, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços). “Quando o agro vai bem, ajuda a indústria. Quando a indústria vai bem, ajuda o agro. Eles são irmãos”, disse.Ao abordar o crédito para o setor agropecuário, Alckmin afirmou que levará pessoalmente a demanda por um Plano Safra robusto, adequado ao desempenho da agricultura brasileira. “Eu sei da preocupação com o Plano Safra. Vamos nos empenhar”, disse. Ele reforçou que o novo plano está em construção e deve refletir a expectativa de colheita recorde em 2025. “Vou, sim, levar o pleito do Plano Safra, condizente com o tamanho recorde que vai ser a safra agrícola deste ano no Brasil.”Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp