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R7 Brasília

‘Alexandre de Moraes é a lei e prende e solta quando e como quiser’, diz Cid; ouça áudio

Militar afirma que ministro do STF já tem sentença pronta e que aguarda momento mais conveniente para ordenar prisões

Brasília|Do R7, em Brasília, com RECORD

Mauro Cid pode ter delação anulada pela PF
Mauro Cid pode ter delação anulada pela PF Lula Marques/Agência Brasil - 11.7.2023

Um áudio do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou críticas do militar ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Na gravação, obtida pela RECORD, Cid diz que o ministro “é a lei” e que ele age da forma como bem entender. Ouça o áudio a seguir.

“O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação. Se eu não colaborar, vou pegar 30, 40 anos [de prisão]. Porque eu estou em [inquérito sobre] vacina, eu estou em joia”, comentou Cid.

Na gravação, o ex-ajudante de Bolsonaro afirma que Moraes “já tem a sentença pronta” dos inquéritos dos quais é relator e que apenas aguarda “o momento mais conveniente” para ordenar as prisões dos investigados.

“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só está esperando passar o tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo”, reclamou.


Nesta sexta-feira (22), Cid vai prestar depoimento ao STF para esclarecer o conteúdo do áudio. Por causa da gravação, a Polícia Federal avalia anular o acordo de delação premiada firmado pelo militar com a corporação e homologado pelo Supremo. Se o acordo for rescindido, Cid perde benefícios e pode voltar à prisão. A informação foi confirmada pelo R7.

Em nota, a defesa de Cid disse que o militar passa por um momento de angústia pessoal devido às apurações da PF e que as falas dele "não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda".

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