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Após defender exploração de petróleo, Lula cita preocupação com oceanos e proteção da Amazônia

Presidente disse que Brasil vai aumentar preservação de mangues e corais; ecossistemas são os mais afetados na Margem Equatorial

Brasília|Lis Cappi e Ana Isabel Mansur, do R7, enviadas especiais a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O presidente Lula prometeu aumentar a proteção dos oceanos e da Amazônia Azul.
  • Ele anunciou a ampliação das áreas marinhas protegidas de 26% para 30%.
  • A posição foi divulgada após defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial.
  • Ambientalistas alertam que essa exploração contraria recomendações contra combustíveis fósseis da ONU.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidente Lula fez discurso em prol dos oceanos após defender a exploração de petróleo Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu aumentar a proteção de oceanos e da área marítima brasileira, a Amazônia Azul, dois dias após voltar a defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial.

A defesa da biodiversidade marinha foi abordada em discurso do mandatário nesta quinta-feira (6). Ele prometeu que que vai proteger mangues e corais — os mesmos ecossistemas que se tornaram alvo com a pequisa da Petrobras em busca de óleo na Amazônia.


“O Brasil vai proteger a Amazônia Azul, com planejamento espacial, marinho, proteção de mangues e corais. Vamos ampliar, de 26% para 30%, a cobertura de nossas áreas marinhas protegidas, cumprindo a meta do marco global para a biodiversidade”, garantiu Lula a líderes internacionais em Belém.

O discurso se dá dois dias após Lula voltar a defender a exploração de petróleo no litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte.


“Eu não quero ser líder ambiental. Nunca reivindiquei. Quero fazer as coisas que os especialistas e meu governo, as pessoas de minha confiança, dizem que tem que fazer. Seria incoerente se eu, em um ato de irresponsabilidade, dissesse que não vamos mais usar petróleo“, justificou.

A proteção dos oceanos é uma das preocupações de entidades de defesa do meio ambiente porque eles absorvem uma quantidade significativa de emissões de gases poluentes, especialmente o dióxido de carbono.


O tema será debatido na COP30, o 30º encontro anual da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, que ocorre entre 10 e 21 de novembro, em Belém. A ONU tem defendido a redução do uso de combustíveis fósseis.

Nova fala de Lula

O novo posicionamento de Lula ocorreu na primeira sessão temática da cúpula de líderes da COP30. A reunião tem o tema “Clima e Natureza: Florestas e Oceanos”.


O evento na capital paraense reúne delegações de ao menos 143 países até esta sexta (7), mas não conta com a presença dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, nem da Argentina, Javier Milei, que já se manifestaram no sentido de negligenciar a pauta climática.

Programação

Na manhã desta quinta-feira, Lula recebeu autoridades e, no almoço, lançou o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês), iniciativa brasileira de preservação ambiental. O fundo tem o objetivo de remunerar países que protegem florestas tropicais.

Agora à noite, o presidente oferece um jantar aos líderes globais. Entre os eventos oficiais, Lula deve seguir com reuniões bilaterais com autoridades de outros países.

Nesta quinta, ele também se encontrou com o príncipe de Gales, William, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente da França, Emmanuel Macron.

Cúpula de líderes

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a cúpula é o momento em que os líderes mundiais “darão o termo de referência” para orientar as negociações da COP30.

Embora nas últimas COPs — realizadas nos Emirados Árabes Unidos e no Azerbaijão — as reuniões de líderes tenham aberto oficialmente o evento, o formato deste ano será diferente: o encontro de alto nível foi deslocado do calendário oficial da conferência, mas manterá o papel de definir as diretrizes políticas que guiarão as tratativas da COP30.

Nesta sexta-feira (7), os debates abordarão transição energética pela manhã e, à tarde, as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), financiamento climático e os dez anos do Acordo de Paris.

Além disso, são esperadas novas iniciativas e compromissos multilaterais. Entre eles, o Chamado à Ação sobre Manejo Integrado do Fogo, o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis e a Declaração sobre Fome, Pobreza e Ação Climática.

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