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Após novas falhas, Ibaneis volta a defender privatização do metrô 

Governador argumentou que modalidade de concessão pode facilitar a captação de recursos para melhorar serviço

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Trem do Metrô-DF que descarrilou na noite de segunda (13)
Trem do Metrô-DF que descarrilou na noite de segunda (13) Trem do Metrô-DF que descarrilou na noite de segunda (13)

Depois do descarrilamento de trens do metrô e lentidão na operação do transporte nos últimos dias, o governador Ibaneis Rocha (MDB) voltou a defender a concessão do serviço para a iniciativa privada. Ele destacou que a modalidade de privatização favorece a captação de recursos.

"Isso vai em uma linha que insisto bastante: o metrô precisa de muitos investimentos, e nós só vamos conseguir fazer esses investimentos a partir da concessão", disse Ibaneis na manhã desta terça-feira (14), durante uma agenda oficial. "A gente espera ainda esse ano concluir o processo de concessão do metrô para que a gente possa trazer uma melhoria efetiva para a nossa população", prosseguiu.

Privatização

A Secretaria de Mobilidade encaminhou ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) o projeto para concessão da gestão, operação e manutenção do metrô pelos próximos 30 anos. A corte analisa a proposta, e apontou inconsistências no projeto, por isso, ele foi devolvido ao governo para correção. 

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Pela proposta, a empresa que vencer a licitação terá de aumentar a frota de 30 para 50 trens e elevar a capacidade de 133 mil para 232 mil passageiros por dia. Por outro lado, o governo terá de diminuir o custo com a manutenção de R$ 334 milhões para R$ 247 milhões. Isso porque a manutenção do metrô já é terceirizada pelo GDF.

Problemas

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Na noite dessa segunda-feira (13), um dos trens descarrilou sobre os trilhos entre a estação Central e a Galeria. Os passageiros tiveram de caminhar pelo túnel para deixar o local. Pela manhã, uma falha na sinalização fez com que os trens circulassem com velocidade reduzida.

Com isso, para manutenção, na terça, as estações amanheceram lotadas: apenas 10 trens estavam em circulação no horário de pico, e a Central estava fechada. O funcionamento só foi normalizado às 9h.

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Greve

Enquanto isso, a greve dos funcionários do Metropolitano, que já dura 4 meses, continua. Os servidores reclamam da retomada do pagamento do auxílio-alimentação e do plano de saúde, por exemplo. O caso foi à dissídio coletivo e aguarda análise no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O Sindmetrô criticou a posição do governo. "A intenção do governo é justamente deixar o sistema virar o caos para justificar qualquer forma de privatização", afirmou a diretora Meiry Rodrigues. "O metrô é um bem público. O transporte é um direito de todos", defendeu.

"Conceder não é resolução, as empresas de ônibus são terceirizadas ou concedidas e não prestam um bom trabalho para a população do Distrito Federal. O governo precisa gerir o bem público com responsabilidade e com investimentos necessários", completou Meiry.

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