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Após reunião com Lula, secretário de Estado dos EUA ressalta parceria com Brasil e evita falar sobre Gaza

Antony Blinken classificou o encontro com o presidente brasileiro como 'ótimo' e disse estar grato pela colaboração entre países

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Blinken se reúne com Lula, em Brasília
Blinken se reúne com Lula, em Brasília Blinken se reúne com Lula, em Brasília (Ricardo Stuckert/PR - 21.02.2024)

Após agenda realizada nesta quarta-feira (21) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que a reunião foi "ótima" e destacou que a parceria entre os dois países é "muito importante". A autoridade norte-americana evitou comentar mais uma vez o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O encontrou durou quase duas horas.

"Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Ótima reunião. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos. Estamos trabalhando juntos bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade", disse Blinken aos jornalistas. 

Questionado sobre o conflito na Faixa de Gaza, Blinken não respondeu novamente. Ao chegar no Palácio do Planalto, onde foi realizada a reunião com Lula, o secretário foi perguntado da guerra, mas não fez comentários. Participaram da reunião a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim. 

A conversa ocorreu em meio à crise diplomática entre Brasil e Israel. O país, localizado no Oriente Médio, classificou Lula como "persona non grata" pelas declarações em que comparou as ações de defesa israelense no conflito contra o grupo terrorista Hamas ao nazismo. Em reação, o presidente brasileiro chamou de volta o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, para consultas. Nas relações internacionais, o termo é usado para demonstrar descontentamento.

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O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mathew Miller, afirmou nesta terça (20) que os EUA discordam do comentário de Lula e que Blinken iria informar essa posição ao presidente brasileiro na reunião. "Obviamente, nós discordamos desse comentário [de Lula]. Fomos bem claros em dizer que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza. Queremos ver o conflito terminar quanto antes. Queremos ver a assistência humanitária aumentar de forma sustentada para os civis inocentes de Gaza, mas não concordamos com aqueles comentários", disse.

Ainda na conversa, o secretário enfatizou o apoio norte-americano à presidência do Brasil no G20 e a parceria Brasil-EUA pelos direitos dos trabalhadores. Blinken vai manifestar também suporte à cooperação na transição para a energia limpa e às comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, completados neste ano de 2024. 

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Agora, Blinken segue para o Rio de Janeiro, onde vai participar da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20. Um dos objetivos é engajar líderes mundiais para "aumentar a paz e a estabilidade, promover a inclusão social, reduzir a desigualdade, acabar com a fome, combater a crise climática, promover a transição para a energia limpa e o desenvolvimento sustentável e tornar a governança global mais eficaz".

O secretário norte-americano segue depois para Buenos Aires. Na capital argentina, Blinken vai se encontrar com o presidente Javier Milei para discutir questões bilaterais e globais, incluindo crescimento econômico sustentável, direitos humanos, governança democrática, minerais críticos, fortalecimento de investimentos e comércio que beneficiam ambos os países.

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