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R7 Brasília

Armas ficam de fora do imposto seletivo no texto que regulamenta a reforma tributária

Relatores da proposta alegaram que não houve consenso em relação à inclusão e que mudança pode ser feita em plenário

Brasília|Bruna Lima, Hellen Leite e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília


Regulamentação não incluiu armas no imposto seletivo; mudança pode ser feita em plenário
Armas ficam de fora do imposto do pecado Fernando Frazão/Agência Brasil

O grupo de trabalho para a reforma tributária não incluiu armas e munições nos itens taxados com o “imposto do pecado”, IS (Imposto Seletivo), tributo extra previsto para recair sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. O parecer final foi apresentado nesta quinta-feira (4) detalhando as regras para regulamentar a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), o IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços) e o IS.

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Segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), um dos relatores do texto, houve a discussão para constitucionalizar o imposto seletivo nas armas. “Mas, nós perdemos. Acreditamos que cabe ao colégio de líderes e lideranças partidárias apresentarem emendas e submeter ao plenário”, disse, ressaltando que ele foi um dos defensores da taxação maior sobre as armas de fogo.

A reivindicação para deixar armas de fora do imposto do pecado foi liderada pela oposição e pela Bancada da Bala. “Somos sete relatores, representando os maiores partidos da Câmara. Tivemos que elaborar um substitutivo com absoluta concordância e unanimidade. Temos que perseguir o consenso”, justificou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), outro membro do grupo de trabalho.

Além de Reginaldo Lopes e Cláudio Cajado, fazem parte do grupo os deputados Hildo Rocha (MDB-MA), Joaquim Passarinho (PL-PA), Augusto Coutinho (Republicanos-PE), Moses Rodrigues (União-CE) e Luiz Gastão (PSD-CE).


Os congressistas mantiveram a proposta original do governo com previsão de taxar com o IS apenas veículos, embarcações e aeronaves, cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas e bens minerais extraídos.

Entenda

A previsão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é votar a proposta em plenário na próxima semana. No entanto, o parecer ainda precisa ser discutido com as bancadas, o que deve trazer modificações.


A Emenda Constitucional da reforma tributária, aprovada pelo Congresso Nacional no final do ano passado, permite a criação de dois novos impostos: a CBS e o IBS. Esses novos impostos substituirão cinco tributos existentes: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.

A implementação desses novos impostos requer regulamentação, que detalhará o funcionamento dos novos processos a serem adotados pelos governos federal, estaduais e municipais. Em abril, o governo federal enviou uma proposta de regulamentação com quase 400 páginas, detalhando esses processos.


As discussões foram divididas em dois grupos, um focado em analisar a nova tributação sobre consumo (PLP 68/24) e o outro para tratar sobre o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (PLP 108/24). Juntos, os colegiados ouviram ao menos mil pessoas durante um mês de audiências públicas e reuniões internas.

Apesar da complexidade do texto, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), estima que a regulamentação da reforma tributária seja aprovada com mais de 400 votos na Casa.

Após a aprovação pela Câmara, o texto será enviado ao Senado. Há o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de colocar o texto em votação até o fim do ano.


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