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R7 Brasília

Até 31 de março, 11 ministros deixam o governo, diz Bolsonaro

Mudanças vão ocorrer em razão da eleição; o presidente destacou que será um 'pacotão' e haverá, 'obviamente, ministérios-tampão'

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro em Porto Velho (RO)
O presidente Jair Bolsonaro em Porto Velho (RO)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (3), que 11 atuais ministros de Estado disputarão as eleições de outubro e que 31 de março será o "grande dia, um pacotão".

"Nós temos previstos, no momento, 11 ministros que vão disputar eleição. Obviamente que vamos ter ministérios-tampão", afirmou Bolsonaro.

Questionado se algum político de Rondônia poderia assumir uma pasta, o presidente informou que tem "profundo apreço" pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), que ganhou visibilidade com a CPI da Covid.

"A gente pode conversar, mas não está nada definido. Até para evitar ciumeira. Dia 31 de março, o grande dia, é um pacotão: 11 saem e 11 entram. Da minha parte, vocês [jornalistas] só vão saber via Diário Oficial da União", complementou.


O chefe do Executivo está em Porto Velho, capital de Rondônia, nesta quinta-feira (3) para um encontro com o presidente do Peru, Pedro Castillo. A reunião ocorre no Palácio Rio Madeira, sede do governo comandado por Marcos Rocha (PSL).

A maioria dos ministros são senadores e deputados licenciados, e o objetivo é conquistar cargos principalmente no Senado, onde Bolsonaro sofre maior resistência aos projetos políticos.


As pastas devem ser assumidas por servidores internos e também por parlamentares do Centrão, grupo de partidos que dá sustentação ao presidente no Congresso Nacional.

Castillo

Em junho do ano passado, quando se aproximava a provável eleição de Castillo, Bolsonaro disse que "perdemos o Peru". Durante o encontro, porém, o mandatário brasileiro afirmou que está "tudo superado".


Bolsonaro argumentou que quer uma América do Sul livre, com as liberdades de expressão e de imprensa. "Logicamente que esse encontro tem a ver com isso, nós podemos ter uma boa relação se a democracia imperar, de fato, no seu país", destacou.

O chefe do Executivo brasileiro destacou que tem bom relacionamento com o Paraguai e o Uruguai, mas voltou a criticar a Venezuela. "Hoje em dia, chegamos a bater 800 pessoas por dia saindo de lá, pessoas pobres que vêm atrás de comida aqui muitas vezes. E é o país com a maior reserva de petróleo do mundo. Como é que pode o povo estar nessa situação?", questionou.

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Reunião

Entre os temas da reunião de Bolsonaro com Castillo estão comércio e acesso a mercados, integração física, cooperação fronteiriça, cooperação em defesa e segurança, cooperação técnica e humanitária, além de combate à Covid-19.

No encontro, deve ser assinado um acordo bilateral para a exportação de carne. A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também participou da agenda.

Bolsonaro foi questionado se iria discutir política com Castillo e disse que "cada um cuida da tua". "O povo vota certo e errado em qualquer lugar no mundo, mas é o povo que vai tratar o seu futuro. Temos algumas experiências na América do Sul que parece que não deram certo, e isso é sinal de alerta", afirmou.

Reajuste salarial

O presidente brasileiro afirmou ainda que o problema do reajuste salarial para o funcionalismo público é o Orçamento: "Em 2020, gastamos R$ 700 bilhões com a Covid, um gasto enorme". E complementou que por causa do auxílio emergencial o governo se endividou em quase R$ 50 bilhões por mês, durante cinco meses.

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