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R7 Brasília

Boate Kiss: quem são os quatro réus condenados pelo incêndio

Nesta segunda, o ministro Dias Toffoli reverteu a decisão que tinha anulado o júri e mandou prender os quatro réus

Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília


Julgamento da boate Kiss aconteceu em 2021 Juliano Verardi / Imprensa TJRS - 03.12.2021

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou, nesta segunda-feira (2), que os quatro réus condenados em 2021 pelo incêndio na boate Kiss sejam presos. O júri tinha sido anulado em 2022 e agora o STF reverteu a decisão.

Na época, foram condenados quatro pessoas em júri popular que durou 10 dias e ocorreu em Porto Alegre. O júri foi transferido para a capital para evitar o envolvimento emocional das pessoas que fizeram parte do júri.

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Os réus são os dois sócios da boate e dois integrantes da banda que se apresentava no dia. Eles foram condenados por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos).

  • Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate - a 22 anos e seis meses de prisão

No júri, ele alegou que não autorizou o uso de artefatos pirotécnicos. “Perdi amigos, funcionários. Por que eu ia fazer isso? Querem me prender, me prendam. Eu não aguento mais”, afirmou.


  • Mauro Londero Hoffmann, sócio da boate - a 19 anos e seis meses de prisão

Mauro alegou que só era responsável pelo investimento na casa noturna e que não fazia parte das decisões de dia a dia.

  • Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda - a 18 anos de prisão

O auxiliar foi o responsável por comprar o artefato pirotécnico que causou o incêndio. Foi também ele que acendeu o item e entregou para o vocalista da banda. “É legítimo deles lutar por justiça. Mas eu tenho a consciência de que não foi o meu ato que tirou a vida desses jovens. Se for para tirar a dor dos pais, tô pronto, me condenem”, disse ele no júri.


  • Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda - a 18 anos de prisão

Segundo o vocalista da banda, todo mundo sabia que eles usavam artefatos pirotécnicos em suas apresentações. “Todo mundo sabia, nunca foi escondido de ninguém.” Ele também alegou que tentou usar um extintor de incêndio, mas que ele não funcionou.

Relembre o caso

Em 27 de janeiro de 2013, a boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, recebia uma festa em que a maioria dos presentes era universitários.


Em um dos momentos do show, um integrante da banda Gurizada Fandangueira disparou um artefato pirotécnico que atingiu o teto da casa. O fogo se espalhou rapidamente. O incêndio causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

O caso foi a júri e a condenação dos quatro réus aconteceu em 2021. Mas no ano seguinte o júri foi anulado pelo TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) que viu uma série de irregularidades no julgamento. A decisão foi mantida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) no ano passado.

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