Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Bolsonaro corre risco imediato de prisão? Entenda cenário após julgamento de recursos no STF

Prisão dos acusados só será decretada após o STF declarar o fim da ação

Brasília|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Brasil

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.
  • A Primeira Turma do STF rejeitou os recursos do ex-presidente e de outros réus.
  • A prisão só será decretada após o relator Alexandre de Moraes declarar o trânsito em julgado do processo.
  • Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e sua defesa pode solicitar a manutenção desse regime por questões de saúde.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

FILE PHOTO: Tarcisio de Freitas visits Bolsonaro
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista Diego Herculano/Reuters - 29.9.2025

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) encerrará às 23h59 desta sexta-feira (14) a sessão virtual na qual o colegiado manteve a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do núcleo 1 da trama golpista.

O julgamento começou na sexta-feira passada (7). No mesmo dia, foi formado placar 4 a votos a 0 para rejeitar os recursos do ex-presidente e de mais seis réus para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.


leia mais

Apesar do placar, o julgamento não foi encerrado automaticamente e será finalizado oficialmente ao final da sessão virtual, que termina nesta noite.

Com o fim do julgamento, o processo contra Bolsonaro e seus aliados caminha para ser encerrado nas próximas semanas, quando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, poderá determinar as prisões para início de cumprimento da pena.


Próximos passos

O placar desfavorável não levará o ex-presidente e seus aliados para a prisão imediatamente.

A princípio, Bolsonaro e outros réus não têm direito a um novo recurso para levar o caso para o plenário do STF, composto por 11 ministros, incluindo André Mendonça e Nunes Marques, que foram indicados pelo ex-presidente, e Luiz Fux, que votou pela absolvição de Bolsonaro.


Para conseguir que o caso fosse julgado novamente pelo pleno, os acusados precisavam obter pelo menos dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2 no julgamento realizado no dia 11 de setembro e que condenou os acusados.

Nesse caso, os chamados embargos infringentes poderiam ser protocolados contra a decisão. No entanto, o placar pela condenação foi de 4 votos a 1.


Mesmo assim, as defesas de Bolsonaro e dos demais réus devem insistir na tese de que novos recursos podem ser apresentados contra as condenações. A expectativa é de que os recursos sejam protocolados nos próximos dias.

A prisão dos acusados só será decretada após Alexandre de Moraes declarar o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, o fim do processo e da possibilidade de recorrer. Não há prazo para a decisão.

Prisão

Atualmente, o ex-presidente está em prisão domiciliar em função do inquérito sobre a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos para tentar interferir na trama golpista e evitar a condenação do pai.

Se a prisão for decretada por Moraes, o ex-presidente iniciará o cumprimento da pena definitiva pela ação penal do golpe no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal.

Os demais condenados são militares e delegados da Polícia Federal e poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da própria Papuda.

Diante do estado de saúde de Bolsonaro, a defesa também poderá solicitar que o ex-presidente seja mantido em prisão domiciliar, como ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor.

Condenado pelo Supremo em um dos processos da Operação Lava Jato, Collor foi mandado para um presídio em Maceió, mas ganhou o direito de cumprir a pena em casa, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, por motivos de saúde.

Condenados

Além de Bolsonaro, tiveram os recursos contra a condenação negados pelo STF:

  • Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). 

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, assinou delação premiada durante as investigações e não recorreu da condenação. Ele já cumpre a pena de dois anos em regime aberto e tirou a tornozeleira eletrônica.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.