Bolsonaro decreta luto oficial por morte de Shinzo Abe, ex-premiê do Japão
Presidente brasileiro comentou que o político japonês foi um 'líder brilhante' e 'grande amigo do Brasil'
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou a morte do ex-primeiro ministro do Japão Shinzo Abe, assassinado enquanto participava de um evento de campanha em Nara, região próxima a Kyoto (centro-sul do Japão) nesta sexta-feira (8). Bolsonaro decretou luto oficial de três dias no Brasil.
“Recebo com extrema indignação e pesar a notícia da morte de Shinzo Abe, líder brilhante e que foi um grande amigo do Brasil. Estendo à família de Abe, bem como aos nossos irmãos japoneses, a minha solidariedade e o desejo de que Deus cuide de suas almas neste momento de dor”, comentou Bolsonaro em publicação no Twitter.
“Como sinal de nosso respeito ao povo japonês, de reconhecimento pela amizade de Shinzo Abe com Brasil e de solidariedade diante de uma crueldade injustificável, decretei luto oficial em todo o país durante 3 dias. Que seu assassinato seja punido com rigor. Estamos com o Japão”, finalizou.
Outros líderes mundiais também manifestaram pesar pela morte de Abe. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que está “chocado”. “Pensamentos à família e entes queridos de um grande Primeiro-Ministro. A França está ao lado do povo japonês”, escreveu. O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, disse estar “profundamente triste” com a notícia e expressou condolências à família. “Mesmo nessas horas difíceis, estamos perto do Japão.”
O Itamaraty também lamentou a morte e relembrou que a relação entre Brasil e Japão se aprofundou durante o governo do ex-primeiro ministro. "Abe sempre cultivou interlocução com o Brasil no mais alto nível, e sua presença na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016 simbolizou o afeto entre os dois países", diz a nota do ministério.
Shinzo Abe foi atacado durante um evento. O responsável pelo assassinato é um ex-marinheiro de 40 anos, que foi preso. O atirador usou uma arma artesanal, que foi apreendida. Segundo a imprensa internacional, o ex-primeiro ministro foi levado ao hospital, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Ele era o mais antigo ex-primeiro-ministro do Japão, governou o país pela primeira vez durante o ano de 2006. Depois, voltou ao poder entre 2012 e 2020. Era um conservador linha-dura que promoveu a revisão da Constituição pacifista do Japão para reconhecer os militares do país e permaneceu politicamente relevante mesmo depois de deixar o cargo.