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Bolsonaro diz que Fachin 'deveria se declarar suspeito' à frente do TSE

Em agenda em Manaus neste sábado, presidente voltou a atacar confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro

Brasília|Do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro durante evento em Manaus neste sábado (18)
O presidente Jair Bolsonaro durante evento em Manaus neste sábado (18) O presidente Jair Bolsonaro durante evento em Manaus neste sábado (18)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante agenda em Manaus neste sábado (18). Segundo ele, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, deveria se afastar do tribunal por ter sido ele o responsável por pautar no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento que levou à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após condenação na Lava Jato pelo então juiz Sergio Moro.

"Como são feitas as apurações no Brasil? Numa sala-cofre, ninguém tem acesso. [...] Basta lembrar que o relator da liberdade do Lula, e agora ele está conduzindo as eleições. Deveria se declarar suspeito, mas não larga o osso", afirmou. Fachin será substituído no cargo pelo ministro Alexandre de Moraes, que toma posse como presidente do TSE em 16 de agosto.

O presidente também criticou o ministro Luís Roberto Barroso, dizendo que ele teria se reunido com líderes no Congresso que participavam da comissão que analisava a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso para barrar o avanço da proposta. "Foi pra dentro da Câmara, se reuniu com 11 líderes e determinou que o voto impresso não poderia ser aprovado. Eu não sei qual foi o charme do ministro Barroso para conseguir isso."

"A imprensa diz que estou com medo de perder. Entrego [o cargo] sem problema nenhum [se perder], [mas] em eleições limpas. Numa democracia é comum perder uma eleição, mas não podemos perder a democracia numa eleição", afirmou.

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Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes
Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes

O presidente também disse que as Forças Armadas, que foram convidadas pelo TSE para integrar a comissão de transparência eleitoral, identificaram mais de 500 vulnerabilidades no sistema eleitoral. "Daí veio o senhor Fachin e falou que eleições são questões para forças desarmadas. Ué, me convidou pra entrar na tua casa, só vou sair daqui depois que comer um salgadinho e tomar uma tubaína."

O TSE já se manifestou diversas vezes sobre falas semelhantes do presidente. A corte afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é confiável e que nunca foi registrada nenhuma fraude nas eleições realizadas com a urna eletrônica.

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O tribunal também já informou que recebeu 15 propostas das Forças Armadas de melhorias no sistema eleitoral, das quais dez foram aceitas, quatro estão em estudo para implementação nas próximas eleições e uma foi rejeitada.

Suposto acordo com Alexandre de Moraes

Bolsonaro disse que fez um acordo com o ministro Alexandre de Moraes próximo ao 7 de Setembro para assinar a Carta à Nação e que, em troca, teria recebido a promessa de arquivamento do inquérito das fake news, que tramita no STF.

"O que eu conversei com Alexandre de Moraes foi uma pacificação. Eu entrava com a carta e ele entrava com outras coisas — entre elas, em poucas semanas, o arquivamento dos inquéritos de fake news e atos antidemocráticos. Ele cumpriu algo? Não", afirmou o presidente da República.

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