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Bolsonaro volta a falar em 'bala de prata' caso fique inelegível após julgamento do TSE

Ex-presidente considerou o processo uma 'injustiça' e disse que não vai acompanhar os votos por ter que trabalhar

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Bolsonaro embarcou para o Rio de Janeiro nesta quinta
Bolsonaro embarcou para o Rio de Janeiro nesta quinta Bolsonaro embarcou para o Rio de Janeiro nesta quinta

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu nesta quinta-feira (29) que tem uma 'bala de prata', ou seja, uma alternativa de reação, caso seja considerado inelegível no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele não quis detalhar os planos, mas afirmou que a pretensão é conseguir disputar as eleições presidenciais em 2026. 

"Bala de prata é para o futuro se, por ventura, acontecer aquilo que eu espero que não aconteça. Ainda conto com a isenção da maioria dos integrantes do TSE", disse Bolsonaro em resposta a jornalistas antes de embarcar de Brasília para o Rio de Janeiro. 

Uma das possibilidades é apresentar um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com a tese de que foram incluídos elementos na petição inicial com o processo em andamento. "Em 2017, a chapa Dilma-Temer foi absolvida mesmo com excesso de provas. Criou-se uma jurisprudência: naquele momento não se julgou novas ações incluídas no processo e o Temer continuou presidente", citou Bolsonaro. 

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Segundo o ex-presidente, a defesa dele ainda vai orientar os próximos passos que devem ser adotados, em caso de condenação. No entanto, ele não quis adiantar uma possível derrota judicial, nem o nome que irá apoiar nas próximas eleições caso seja considerado inelegível. "Só respondo depois do julgamento. Até o último momento eu acredito em um julgamento justo."

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Julgamento

O julgamento começou em 22 de junho e, até o momento, conta com o parecer do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Ele votou para tornar Bolsonaro inelegível por oito anos.

A ação, que corre em sigilo na corte, apura a conduta de Bolsonaro durante a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Na ocasião, o ex-presidente levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou o sistema eleitoral brasileiro.

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Após o voto de Benedito, os demais ministros votarão nesta quinta-feira (29) na seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Para o Ministério Público Eleitoral (MPE), há indícios de abuso de poder político, abuso de autoridade, desvio de finalidade e uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente Bolsonaro.

O ex-presidente diz que o julgamento é político e injusto. "É uma injustiça comigo, meu Deus do céu. Me aponte algo de concreto que eu fiz contra a democracia. Joguei nas quatro linhas o tempo todo", disse. 

Bolsonaro afirmou que não vai acompanhar o julgamento. "Eu tenho trabalho no Rio de Janeiro. Meu pessoal vai me mandar informações do que está acontecendo. Não posso ficar o tempo todo na frente da televisão". No entanto, disse que ainda espera não ser condenado e que está se sentindo bem. "A vida continua. O que eu vejo é que esse julgamento é um absurdo. Estão procurando pelo em ovo."

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