Brasil e EUA organizam reuniões para pavimentar encontro decisivo entre Lula e Trump
Objetivo principal das conversas é avançar nas negociações para tentar reverter o tarifaço imposto pelos EUA
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
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O encontro entre o Brasil e Estados Unidos, que ocorreu nesta quinta-feira (16), deve abrir caminho para a definição de um cronograma de reuniões que antecederá um possível encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Assim, a ideia é que representantes façam mais reuniões até um encontro final entre os líderes.
A expectativa surge após o comunicado conjunto dos países, que afirmaram ter concordado em “colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto”. Além da confirmação de uma agenda por parte do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Nesta quinta, Vieira e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reuniram na Casa Branca, em Washington, para discutir a situação comercial entre os dois países.
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Com o encontro, avaliado como “positivo” pelo governo, Vieira afirmou que a reversão da situação comercial entre Brasil e EUA vai demandar um processo de negociação, previsto para ser iniciado nos próximos dias.
“O encontro foi muito produtivo, em um clima excelente de descontração e de troca de ideias e posições de forma muito clara e objetiva, com muita disposição para trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral de encontros para tratar de temas específicos de comércio”, afirmou o chanceler.
Aproximação
O alívio no cenário diplomático entre Brasil e EUA se deu após o breve encontro dos líderes durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Donald Trump e Lula afirmaram ter dito uma “química excelente” ao se cumprimentarem antes do início do evento.
A interação permitiu um alívio na relação entre os dois. Depois, no dia 6 de outubro, um telefonema entre eles pacificou ainda mais a relação.
Desde agosto, os produtos brasileiros enfrentam uma taxa de 50%, o que fez com que as exportações ao país norte-americano caíssem 18,5% no primeiro mês do tarifaço.
A tensão diplomática entre os dois países teve uma piora após Trump justificar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos para a aplicação de sanções no Brasil. Recentemente, Bolsonaro e outros sete aliados foram condenados por tentativa de golpe de Estado.
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