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Brasil sela acordo inédito, e COP31 terá condução dividida entre Austrália e Turquia

Havia impasse entre turcos e australianos; ficou definido que Turquia presidirá a COP, e Austrália, as negociações, com detalhes a tratar

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Brasil mediou acordo inédito para a condução da COP31 entre Austrália e Turquia.
  • A Turquia presidirá a conferência, enquanto a Austrália cuidará das negociações.
  • A COP31 está prevista para 2026, na cidade turca de Antália.
  • O acordo foi firmado durante a COP30 em Belém, após disputa entre os dois países para sediar o evento.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Líder do Brasil na COP30 (à esquerda) mediou negociações entre Austrália e Turquia COP30/Divulgação - 21.11.2025

Após acordo mediado pelo Brasil, a COP31, em 2026, ocorrerá sob presidência da Turquia, mas as negociações da conferência serão conduzidas pela Austrália. A divisão das “tarefas” é inédita, e, segundo fontes do Itamaraty informaram ao R7, caberá à Austrália e à Turquia definir como será, na prática, a separação das funções.

A expectativa é de que a COP31 ocorra na cidade turca de Antália. O evento anterior, chamado de “pré-COP”, será em uma ilha do Pacífico — ainda sem definição do país —, área considerada território de influência da Austrália.


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O acordo foi selado nesta sexta-feira (21) durante a COP30, em Belém (PA), com participação do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Mauricio Lyrio. O embaixador é um dos líderes das negociações brasileiras na COP30.

As negociações ocorreram por meio do WEOG (Grupo da Europa Ocidental e Outros, na sigla em inglês) — o Brasil apenas facilitou as conversas.


O WEOG é um dos cinco grupos regionais informais da ONU usados para organização política, distribuição de assentos em comitês e coordenação de posições entre países. Ele reúne principalmente nações da Europa Ocidental, além de Estados não europeus com afinidades políticas semelhantes — como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Israel e Turquia.

Austrália e Turquia ofereceram-se para sediar a COP31 em 2026. A conferência das Nações Unidas que discute o clima é o principal fórum global sobre o assunto.


Os dois países travaram longa briga para decidir quem abrigaria o evento. Caso um acordo não fosse feito, a COP31 poderia ocorrer na cidade alemã de Bonn, sede da UNFCCC, o braço da ONU que discute o clima.

A decisão pela sede, no entanto, era mal recebida pela organização devido à pressão financeira, segundo apurou o R7. Assumir a COP gera gastos na casa dos milhões de dólares.


No caso de Belém, por exemplo, foram gastos R$ 787,22 milhões até antes do início da conferência, segundo um monitoramento feito pela CGU (Controladoria-Geral da União).

O montante considera valores gastos até o dia 11 de novembro, ou seja, o número tende a aumentar até o fim do evento.

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