Caiado afirma que permanência de Sabino no governo é ‘imoralidade ímpar’
Governador de Goiás e presidenciável para 2026 falou antes da reunião que irá definir o destino do ministro de Lula na legenda
Brasília|Rafaela Soares e Joice Gonçalves, do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O governador de Goiás e nome cotado para disputar o Planalto em 2026, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), criticou nesta quarta-feira (8) a permanência do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), no governo Lula, classificando a postura como uma “imoralidade ímpar”.
“Como você pode estar filiado a um partido, dentro das regras, definições e princípios partidários, e querer ser soldado do Lula e soldado do União Brasil?”, questionou Caiado antes de entrar na reunião que iria definir o futuro de Sabino, na sede da legenda, em Brasília.
Veja mais
Sabino, por sua vez, afirmou que permanece no ministério por respeito à COP30 e ao projeto do governo petista. “Estamos a 30 dias praticamente da realização da COP30. A COP30 não é uma reunião simples, é o maior encontro diplomático do planeta. O governo tem feito muitos esforços para que seja um grande sucesso”, declarou o ministro antes da reunião com o partido.
A federação formada por União Brasil e PP decidiu que seus integrantes não poderão mais integrar o governo Lula.
Reunião
Segundo Caiado, a pauta do dia incluía três itens, todos relacionados ao ministro. Um deles tratava do afastamento de Sabino do diretório partidário no Pará. Outro dizia respeito à sua participação na executiva nacional e no diretório nacional do partido.
“O terceiro item da pauta é o processo de expulsão. A situação será encaminhada ao conselho de ética e, ao final de 60 dias, retornará à executiva do partido. É o que o regimento determina, e essas são as ações que o partido deve tomar diante das atitudes que vêm sendo praticadas por ele”, explicou Caiado.
‘Dia do Fico’
Sabino, por sua vez, afirmou que ainda há “tempo para buscar o diálogo” com o partido e classificou sua decisão como o seu “Dia do Fico”.
“Fico no ministério, fico ao lado do presidente Lula também por entender que é o melhor projeto para o Brasil”, disse o ministro.
Segundo ele, a decisão foi tomada “pelo bem do turismo” e “pelo bem dos serviços que estamos realizando em todo o país”.
“Mas, especialmente, pelo bem do povo do Pará e pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo”, completou.
Fufuca

O PP (Progressistas) comunicou, nesta quarta-feira (8), o afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as decisões partidárias da sigla após o titular da Esplanada dos Ministérios não deixar o governo do presidente Lula.
“O Progressistas comunica que, diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido”, diz a nota.
O texto acrescenta que a Direção Nacional do Progressistas vai realizar uma “intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando da legenda no estado”.
“O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, declara. A nota é assinada pelo presidente do PP, Ciro Nogueira.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
