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Caiado critica PEC da Segurança e questiona governo: ‘Quem é que tem o Coaf na mão?’

Governador de Goiás diz que proposta retira prerrogativas dos estados

Brasília|Joice Gonçalves, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou a PEC da Segurança Pública por reduzir a autonomia dos estados.
  • Caiado questionou o governo sobre a falta de eficácia no rastreamento de operações suspeitas, mencionando o Coaf.
  • Ele relacionou a PEC à disputa política, afirmando que o PT está envolvido em ações de corrupção.
  • O governador pediu apoio dos deputados e senadores para garantir os direitos dos estados na proposta.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Caiado esteve na Câmara dos Deputados e criticou a forma como a PEC necessita do Governo Federal Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados - 02.12.2025

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), voltou a criticar nesta terça-feira (2) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, enviada ao Congresso pelo governo federal. Em audiência pública da comissão especial da Câmara dos Deputados, ele afirmou que o texto reduz a autonomia dos estados e não enfrenta os problemas estruturais do combate ao crime.

Durante sua fala, Caiado dirigiu críticas diretas ao governo e ao sistema de controle financeiro. “Quem está governando o governo? Quem é presidente do Banco Central? Quem é que tem o Coaf na mão? Não somos nós governadores. São vocês”, disse.


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Ele questionou a atuação federal no rastreamento de operações suspeitas. “Por que não identificaram esse problema aí na massa? (...) Eu não tenho acesso ao Coaf. Demora um mês para dar uma resposta. Vocês terão Coaf na hora.”

Caiado também relacionou o tema à disputa política. “Quem tem envolvimento com esta situação toda, quem está roubando aposentado, é o PT, exatamente aquele que mais comemorou a eleição do Lula”.


Críticas à PEC e defesa da autonomia dos estados

Para o governador, o texto da PEC transfere ao governo federal o poder de estabelecer diretrizes gerais da segurança pública, diminuindo a prerrogativa dos estados. “Sabemos que as diretrizes gerais do governo federal prevalecem sobre as dos estados. Isso tira prerrogativas dos governadores”, afirmou.

Ele citou medidas adotadas em Goiás como exemplo de autonomia estadual: ausência de câmeras nos uniformes da polícia, restrição de visitas íntimas a presos ligados a facções e monitoramento de conversas com advogados dentro do sistema prisional. “Tenho uma corregedoria austera e nunca aceitei milícia. Hoje somos o estado mais seguro do Brasil”, disse.


O governador classificou a PEC como um dos temas mais sensíveis para a população. “Essa PEC da Segurança é talvez o grito que está na garganta do brasileiro, na esperança de que haja regras mais duras e contundentes contra o crime organizado”, afirmou.

Pedido de apoio do Congresso

Caiado pediu apoio de deputados e senadores para alterar pontos do texto. “Precisamos que o Congresso nos auxilie nessa PEC mais do que nunca e dê aos governadores aquilo que é direito, que a Constituição nos garante”, disse.


Ele também destacou que, mesmo “sem apoio financeiro da União”, Goiás ampliou investimentos em inteligência, integração de forças e construção e controle de presídios nos últimos sete anos. “Não há governabilidade sem segurança pública”, completou.

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