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Câmara avança na votação do marco do streaming e amplia cotas para conteúdo nacional

Ajustes no projeto aumentam percentual de reinvestimento das plataformas e reduzem prazo para cotas de catálogo

Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Câmara dos Deputados está votando o Projeto de Lei 8889/2017, que regulamenta serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime.
  • O projeto prevê que plataformas invistam 60% da receita bruta em produções nacionais e reduz o prazo para cumprimento das cotas.
  • Foi criada a Condecine-Streaming, contribuição que pode chegar a 4% da receita para fomento do audiovisual nacional.
  • Críticos afirmam que o projeto beneficia grandes plataformas estrangeiras e pedem regras mais rigorosas para os investimentos em produções brasileiras.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Câmara avança na votação do marco do streaming e amplia cotas para conteúdo nacional Valter Campanato/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados iniciou, nesta quarta-feira (5), a votação dos destaques do Projeto de Lei (PL) 8889/2017, que cria o marco regulatório para os serviços de vídeo sob demanda (VoD), conhecido como PL do Streaming. O texto-base da proposta, que regulamenta plataformas como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+, foi aprovado na terça-feira (4). A iniciativa estabelece novas cotas de conteúdo nacional e cria uma contribuição sobre a receita das empresas.

O texto aprovado até agora prevê que as plataformas invistam 60% de sua receita bruta em produções audiovisuais brasileiras, reduzindo de oito para seis anos o prazo para implantação da cota de catálogo. Também foi retomado o modelo de regionalização, que busca descentralizar os investimentos e estimular produções nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


A medida cria ainda a Condecine-Streaming, contribuição que pode chegar a 4% da receita bruta das empresas e será destinada ao fomento da produção audiovisual nacional. Além disso, as plataformas deverão garantir que pelo menos 10% do catálogo seja composto por obras brasileiras, com mecanismos de visibilidade e destaque a esse conteúdo.

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Na manhã de terça-feira (4), representantes do Ministério da Cultura e da Ancine (Agência Nacional do Cinema) se reuniram com o relator do projeto, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), para discutir ajustes no texto. O diálogo resultou em avanços que, segundo integrantes do governo, tornaram a proposta menos desequilibrada e mais próxima das demandas do setor.


Apesar das mudanças, parte do setor audiovisual e da oposição avalia que o projeto ainda favorece grandes plataformas estrangeiras, por deixar brechas sobre a fiscalização dos investimentos e o cumprimento das cotas. Produtores independentes defendem percentuais maiores e regras mais claras para assegurar a sustentabilidade das produções nacionais.

Desde o início da atual gestão, o governo federal tem defendido a criação de um marco regulatório moderno, justo e sustentável para o audiovisual brasileiro, com foco na valorização da produção nacional, proteção de talentos e promoção da diversidade cultural.

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