Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Câmara instala CPI para apurar atuação do MST

Sugerida pela oposição, a comissão quer investigar o real propósito do movimento e os financiadores; o governo tenta mudar foco

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília


Câmara instala CPI do MST
Câmara instala CPI do MST Marcello Casal JrAgência Brasil

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (17) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ações e os possíveis financiadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) foi eleito o presidente do colegiado, e o indicado para relatar foi o deputado Ricardo Salles (PL-SP).

A abertura da CPI é o resultado do esforço da oposição e da bancada do agro, uma das mais fortes do Congresso. Já o MST estima que, em 2023, cerca de 90 mil famílias acampadas em assentamentos pelo Brasil tenham se mobilizado para fazer ocupações durante os meses de abril e maio.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram


Só em abril deste ano, foram ao menos 11 áreas invadidas. Entre os alvos das ações dos militantes estão fazendas, áreas públicas e prédios da Embrapa e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A base do governo quer, no entanto, dar outro foco à CPI e usar o espaço para promover o movimento. Foi pedida uma questão de ordem para tirar Salles como relator, mas o presidente a indeferiu, alegando que os argumentos são subjetivos.


“Não é a primeira vez que, de forma equivocada, cruel e injusta, tentam manchar a honra do movimento, que tem uma história de organização da luta pela reforma agrária, direito a terras, produção de alimento”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR). Ele completou dizendo que a tropa petista vai usar o espaço para “mostrar a verdade, a organização, a qualidade e a história do MST e outros movimentos que podem sofrer esse tipo de perseguição”.

Os nomes escolhidos pelo PT para travar o debate com a oposição foram: Padre João (MG), Nilo Tatto (SP), Valmir Assunção (BA), Paulão dos Santos (AL), Gleisi Hoffmann (PR), João Daniel (SE), Dionilson Marcon (RS) e Camila Jara (MS). “São nomes qualificados, experientes, que conhecem a realidade do país, da agricultura, da reforma agrária”, disse Dirceu.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.