A reportagem da TV Record Brasília foi às ruas para tentar descobrir as gírias que surgiram na cidade. Quem mora ou nasceu em Brasília sabe que a mais conhecida foi parar na música “Eduardo e Mônica”, da banda Legião Urbana: o camelo, apelido carinhoso para bicicleta.
Outras expressões muito ouvidas em Brasília são: baú ou busão (ônibus), balão (rotatória), breja (cerveja), se play (coisa boa), se pá (talvez), tô gudi (estou tranquilo), serião (algo importante), tô de brinks (estou de brincadeira), véi, chega aí, caô e zoar. Contudo, para a professora da UnB, Stella Maris Bortoni, essas expressões não surgiram na cidade.
— O fato de os brasilienses terem grande mobilidade espacial, quer dizer, viajarem bastante, faz com que os que são daqui incorporem ao seu repertório certas expressões típicas que estão na moda entre os grupos de jovens de outras cidades brasileiras.
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Já o sotaque, ao contrário das outras regiões do país, parece que não “pegou” na cidade. Para a nutricionista brasiliense, Gisele Gomes, de 26 anos, quem nasce e vive em Brasília não varia o tom de voz quando fala. Segundo ela, não há nada “puxando o x”, como o carioca, ou o R do mineiro.
— Aqui é variado, cada pessoa com suas influências e eu acho isso normal. É uma cidade relativamente nova, com pessoas de todas as regiões, acho que era esperado que fosse assim. Eu gosto, me identifico com isso.