Durante o julgamento que condenou o primeiro réu acusado pelos atos do 8 de Janeiro, a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia ressaltou a semelhança entre os nomes de Aécio Lúcio Costa Pereira e do arquiteto responsável pelo projeto do Plano Piloto de Brasília. "Um Lúcio Costa planejou a construção desses prédios, e outro está sendo julgado por tentar destruir alguns deles." A Corte condenou o réu a 15 anos e seis meses de reclusão, além de um ano e seis meses de detenção. A ministra também afirmou que testemunhas e laudos periciais apresentados na Corte põem o réu "no cenário, movimentando, pregando exatamente a abolição do Estado democrático de Direito". Cármem Lúcia acompanhou o relator da questão, o ministro Alexandre de Moraes.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Nesta quarta-feira (13), Alexandre de Moraes votou para condenar Aécio Lúcio Costa Pereira a 17 anos de prisão. O ministro também decidiu que Aécio deveria pagar 100 dias-multa, cada um no valor de um terço do salário mínimo vigente, totalizando R$ 44 mil, além de R$ 30 milhões de maneira solidária — ou seja, juntamente com outros eventuais condenados. O ministro Edson Fachin acompanhou o relator para condenar o réu por todas as imputações da denúncia. Os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux e as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber também se juntaram ao mesmo entendimento. Por sua vez, o ministro Nunes Marques votou pela condenação de Aécio à pena de dois anos e seis meses de reclusão, quanto aos crimes de deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça. Nesta quinta-feira (14), o ministro Cristiano Zanin propôs uma pena de 15 anos de prisão, sendo 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado e o restante em regime aberto, além do pagamento de 45 dias-multa. Já o ministro André Mendonça votou para absolver o réu do crime de golpe de Estado e para condená-lo pelos crimes de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio. Ele propôs uma pena de sete anos e 11 meses de prisão, além de 50 dias-multa. Luís Roberto Barroso sugeriu pena de dez anos de reclusão e um ano e seis meses de detenção, com a mesma quantidade de dias-multa proposta por Moraes. No período da tarde, os ministros vão analisar outras ações penais.