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R7 Brasília

Caso João Miguel: inquérito mostra que morte de criança foi motivada por sumiço de cavalo

Garoto foi encontrado dentro de bueiro com mãos amarradas e roupa enrolada no pescoço; crime foi premeditado, diz polícia

Brasília|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília

Garoto ficou 14 dias desaparecido Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu nesta segunda-feira (7) o inquérito da morte de João Miguel, de 10 anos, que desapareceu em 30 de agosto e encontrado sem vida 14 dias depois. Um carroceiro, de 19 anos, foi preso por participação no crime. Outros três adolescentes (dois irmãos do carroceiro e a namorada dele) também se envolveram na morte de João Miguel, mas ainda não foram apreendidos. De acordo com a investigação, o crime foi motivado pelo sumiço de um cavalo e por supostos furtos cometidos pela criança na região.

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Segundo a delegada do caso, Bruna Eires, a vítima conhecia e frequentava a casa dos suspeitos, local em que aconteceu o crime. De acordo com as investigações, a namorada e o irmão do carroceiro distraíram a criança e o convidaram para fumar narguilé. Por conhecer os suspeitos, o garoto entrou na residência. Em um momento de distração, a menor de idade imobilizou o menino e apertou o pescoço dele com uma corda, enquanto o adolescente amarrou os pés e as mãos da vítima.

Após o crime, eles colocaram o corpo de João Miguel embaixo da cama e esperaram o carroceiro e outro adolescente chegarem em casa. Juntos, eles decidiram esconder o corpo do menino em um buraco, pois acreditavam que seria difícil a localização do cadáver. Para isso, eles utilizaram uma carroça e enrolaram o garoto em um pano.

O garoto foi visto pela última vez no setor de chácaras Lúcio Costa, no Guará, em 30 de agosto, quando câmeras de seguranças gravaram o menino andando sozinho pela rua.


O corpo de João Miguel foi encontrado em 13 de setembro, dentro de um bueiro. Segundo a polícia, a criança estava com as mãos amarradas e com uma roupa enrolada no pescoço.

Crime foi premeditado

A delegada afirma que o irmão do carroceiro que asfixiou João Miguel se diz arrependido por auxiliar seus familiares na ocultação do cadáver. Já a namorada do carroceiro afirmou estar satisfeita por praticado o crime, dizendo que assim João Miguel não praticaria mais furtos na casa dela.


“O crime já era algo desejado pela menor, pois estava inconformada com os prejuízos, porém nunca teria tido uma oportunidade, pois o João Miguel sempre frequentava sua casa na companhia de algum primo ou outro irmão. Podemos falar que o crime foi premeditado. Porém, não organizado, porque se deu no dia que os infratores encontraram uma oportunidade para praticá-lo”, afirmou Bruna Eires.

*Sob supervisão de Leonardo Meireles

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