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Cassação de Zambelli: relator da CCJ cita ‘perseguição’ e se diz contra o fim do mandato da deputada

Deputado Diego Garcia afirma que decisão ‘não cabe à Câmara’; relatório ainda será analisado por parlamentares

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Deputado Diego Garcia se posiciona contra a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli.
  • Garcia aponta que há apenas suspeitas sobre a deputada, não certeza de sua responsabilidade.
  • A condenação de Zambelli por invasão ao sistema do CNJ resultou em 10 anos de prisão e perda do cargo.
  • Deputada está na Itália, enfrentando um processo de extradição após condenação e acusações de perseguição a eleitor.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Zambelli foi condenada por invadir o sistema do CNJ e perseguir, armada, um homem em uma rua de SP Vinicius Loures/Câmara dos Deputados - 07.05.2025

O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo de cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), disse, nesta terça-feira (2), ser contra o fim do mandato político da parlamentar.

“Eu analisei toda a ação e todos os documentos a que tive acesso, o que encontrei foram suspeitas, mas não há certeza de que a deputada tenha ordenado as invasões [no sistema do CNJ]”, afirmou Garcia.


Ele elaborou o relatório que será analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Os parlamentares vão avaliar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou o fim do mandato de Zambelli por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O texto está na pauta da comissão desta terça, mas a votação ainda pode ser adiada. Se esse for o cenário, a previsão é de que a apreciação ocorra apenas na próxima semana.


‘Perseguição política’

Na avaliação de Garcia, a condenação de Zambelli tem indicativos de “perseguição”. O deputado também fez observações sobre o trabalho do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi relator da ação contra a deputada durante votação na Primeira Turma.

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“Encontrei elementos que podem indicar uma perseguição política. O ministro que julgou o caso foi também a vítima dos ataques”, observou.


Garcia ainda frisou que o processo ligado a Zambelli sofreu atrasos com relação aos documentos recebidos; que autos enviados pela Justiça “vieram incompletos” e que, na avaliação dele, a única prova contra Zambelli seria o depoimento do hacker Valter Delgatti Neto.

O parlamentar também apontou que parte dos documentos do caso estão sob sigilo.


Duas condenações

A deputada foi condenada pela Justiça brasileira, em maio deste ano, por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Como pena, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) estipulou 10 anos de prisão e a perda do cargo como parlamentar, em uma decisão unânime.

A deputada fugiu para a Itália para não cumprir a pena e, atualmente, enfrenta um processo de extradição, para cumprir a pena no Brasil.

Em agosto, Zambelli também foi condenada por perseguir, com um revólver em punho, um eleitor que criticava o ex-presidente Bolsonaro, em São Paulo, antes das eleições de 2022. O STF a condenou a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

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