Celina Leão autoriza início das obras de redução de alagamentos no Plano Piloto
Elaborado pela Terracap, o projeto Drenar-DF pretende resolver o problema que se arrasta há 20 anos nas asas Norte e Sul
Brasília|Sarah Paes, do R7, em Brasília
A governadora em exercício, Celina Leão (PP), assinou nesta terça-feira (10) a ordem de serviço para começar as obras que prometem acabar com os alagamentos no Plano Piloto, em Brasília. O projeto Drenar-DF, elaborado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), prevê a construção de uma nova tubulação que começará nas imediações do Estádio Nacional Mané Garrincha, descerá à via L4 Norte e depois ao Lago Paranoá.
Segundo Celina, a expectativa é de que a duração do projeto seja de aproximadamente um ano e meio. “Estamos entregando uma obra que vai custar aos cofres públicos mais de R$ 170 milhões. O investimento vai salvar vidas, pois, quando há alagamentos, são pessoas que correm riscos”, afirmou.
Problemas de alagamentos na Asa Norte são comuns durante a época de chuva em Brasília. Quadras comerciais ficam inundadas e garagens subterrâneas de prédios alagam. A drenagem do Plano Piloto foi projetada e executada há 60 anos.
Etapas
O projeto de resolução do problema que se arrasta há 20 anos foi divido em cinco etapas. Neste primeiro momento, a tubulação que vai ser instalada a uma profundidade média de 18 metros deve passar paralelamente às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte, o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a via L2 Norte até chegar à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.
Ao todo, são 7,68 km de túneis no total. Uma lagoa, que deve funcionar como um reservatório de qualificação de água pluvial em uma área de 36 mil m², será construída na via que dá acesso à Universidade de Brasília (UnB), na Asa Norte, para receber a água escoada. Ao redor, um parque será implantado com o nome Parque Urbano Internacional da Paz.
Na avaliação do presidente da Terracap, Izídio Santos, o grande desafio desta obra foi a necessidade de aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a construção da lagoa.
“Essa lagoa nunca teve aprovação e, por isso, nunca teve condição de se iniciar. Com toda essa estrutura que montamos, conseguimos todas as aprovações, da Novacap em relação à drenagem, e do Iphan quanto ao nosso patrimônio histórico urbanístico”, afirmou.