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Chilenos sofrem com apagões, e governo considera cancelar contrato com a Enel

A insatisfação da população com a Enel no Chile aumentou após apagões e decisão judicial recente

Internacional|Do R7, em Brasília

Chile sofre com apagões e governo considera cancelar contrato com a Enel
Chile sofre com apagões Rovena Rosa/Agência Brasil - Arquivo

Os constantes apagões causados pela multinacional italiana Enel resultam em problemas não apenas na Grande São Paulo, mas também em outros países da América Latina. No Chile, o governo do presidente Gabriel Boric estuda romper o contrato de concessão da empresa, devido a repetidas falhas na distribuição de energia.

A insatisfação com a Enel no Chile aumentou após decisão judicial recente. Em agosto, um tribunal de Santiago determinou que a empresa pague cerca de R$ 48,3 milhões em indenizações a 127 mil consumidores afetados por um apagão entre 29 de janeiro e 2 de fevereiro de 2021. A ação foi movida pelo Serviço Nacional do Consumidor do governo chileno.

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Além disso, em agosto, a Superintendência de Eletricidade do Chile multou a Enel em aproximadamente R$ 24,1 milhões por falhas na distribuição durante fortes chuvas ocorridas em maio. A empresa também foi criticada por repassar informações incorretas durante a crise.

A situação piorou com a morte de três pessoas que dependiam de equipamentos elétricos para sobreviver, durante um apagão que durou quase uma semana e afetou 60 mil residências na região metropolitana de Santiago, em agosto. A Enel foi notificada por não cumprir sua obrigação de fornecer equipamentos de suporte a dois desses pacientes, conforme prevê o contrato.


“Grave ineficiência”

Diante dessas falhas, o presidente Gabriel Boric criticou a “grave ineficácia” da Enel e indicou a possibilidade de revogar sua concessão, mencionando que os apagões impactaram, além da capital Santiago, outras cinco grandes regiões do país. O apoio da população à medida é alto, com uma pesquisa do instituto Cadem mostrando que 63% dos chilenos são a favor do fim da concessão, enquanto 33% consideram a decisão extrema.

Giuseppe Turchiarelli, gerente-geral da Enel, respondeu às críticas em agosto, afirmando que a empresa estava se empenhando para resolver os problemas o mais rápido possível, conforme solicitado pelo presidente Boric.

A SEC (Superintendência de Eletricidade e Combustíveis) do Chile iniciou a elaboração de um relatório sobre a caducidade da concessão da empresa Enel, devido ao não cumprimento das obrigações de recuperação total dos clientes na Região Metropolitana, após fortes chuvas em agosto de 2024. O governo também prepara um Informe Técnico que revisará os padrões e obrigações normativas da empresa.

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