Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

CNS recomenda que Saúde não interrompa vacinação de adolescentes

Para Conselho Nacional de Saúde não há critérios científicos para decisão do Ministério da Saúde de interromper imunização

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

CNS destaca que a vacinação é um direito da população brasileira
CNS destaca que a vacinação é um direito da população brasileira

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou uma recomendação nesta sexta (17) para que o Ministério da Saúde não interrompa a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 contra a Covid-19. O documento veio depois que o Ministério decidiu suspender a vacinação dessa faixa etária, divulgada em uma Nota Informativa, publicada no dia 15 de setembro, pela pasta, após rumores da morte de um jovem vacinado com a injeção da Pfizer. A recomendação veio depois que a pasta reavaliou a necessidade de vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos. 

Critérios científicos

Para o coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde, do CNS, Artur Custódio, a medida do Ministério da Saúde diminui a confiabilidade no Programa Nacional de Imunizações. “Não há critérios científicos nessa decisão do Ministério da Saúde. Temos que aumentar a cobertura vacinal. A vacina mostrou a que veio. A desaceleração da pandemia do Brasil mostra o efeito da vacina. É fundamental para a questão das escolas, das pessoas que moram com idosos, que a gente vacine os adolescentes”, esclareceu.

O documento do CNS destaca ainda que a vacinação é um direito da população brasileira e, apesar dos casos e óbitos estarem caindo, a taxa de transmissibilidade ainda é alta em diversas localidades do Brasil, "principalmente em virtude do surgimento de novas variantes do vírus”.


Uma Nota Informativa, publicada na quinta-feira (16) pela Anvisa apontou que ainda “não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos”. O documento lembra também que “todas as vacinas autorizadas no Brasil são monitoradas constantemente a partir da notificação de efeitos adversos e, que a aprovação do uso da vacina da Pfizer em adolescentes levou em consideração estudo realizado com 1.972 pessoas dessa faixa etária, com eficácia de 100% nos grupos avaliados.

Controle da pandemia em risco

Ainda segundo o texto, "ao implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação de controle da pandemia". E, "apesar de a vacinação ter levado a uma significativa redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável. Além disso, ainda segundo o texto a vacinação dos adolescentes contribuiria muito para a meta de vacinar, no mínimo, 70% de toda a população para que a taxa de transmissão do SARS-Cov2 seja reduzida a ponto de controlar a pandemia. 

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.