Com Pacheco e Lira fora do Brasil, Congresso terá semana esvaziada de votações em plenário
Os presidentes do Senado e da Câmara acompanham Lula na viagem aos Estados Unidos para a Assembleia-Geral da ONU
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O Congresso Nacional terá uma semana esvaziada de votações nos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados. Os presidentes das duas Casas, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem a Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Não há previsão de se analisarem pautas importantes para o governo em caráter final, como é o caso do Desenrola e das apostas esportivas.
O vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), ficará responsável pela condução dos trabalhos, mas ainda não há pauta no plenário. Mesmo sem Pacheco, no Senado há a possibilidade de se votar o marco legal para a indústria de jogos eletrônicos e para os jogos de fantasia e de se apreciar uma autoridade sabatinada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no entanto, há previsão de votação importante. A ideia é decidir sobre o marco temporal no colegiado. Por outro lado, um pedido de urgência para analisar o tema em plenário em seguida não deve vigorar. Assim, não há previsão de que o tema seja decidido definitivamente no Congresso nesta semana.
Além de Pacheco e Lira, uma comitiva de mais de 20 parlamentares acompanha Lula na viagem — entre eles: o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP); o líder do PDT no Senado, Cid Gomes (PDT-CE); o líder do PT no Senado, Fabiano Contrato (PT-ES); o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP). Entre os deputados, estão: Antonio Brito (PSD-BA), líder do PSD; Fred Costa (Patriota-MG), líder do Patriota; Guilherme Boulos (PSOL-SP), líder da federação PSOL-Rede; Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT; e José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.
CPMI do 8 de Janeiro
Até mesmo a CPMI do 8 de Janeiro resolveu adiar um depoimento tido como um dos mais importantes pela base do governo. A oitiva com o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, foi remarcada para outubro. O adiamento foi um pedido da relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que quer mais tempo para analisar documentos, sobretudo após a operação que investiga fraude na compra de coletes à prova de balas. Braga Netto foi alvo dessa investigação.
No lugar do ex-ministro, a CPMI vai ouvir Osmar Crivellati, que trabalhava como ajudante de ordens da Presidência da República. Ele foi alvo de operação que investiga a fraude na venda de joias recebidas por Bolsonaro enquanto ele era presidente.