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Comportamento de Tarcísio sobre Boulos não pode ser ignorado, diz AGU

Mais cedo, Tarcísio afirmou que foram realizadas interceptações de mensagens do PCC que orientavam voto no candidato do PSOL

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Messias defendeu que Tarcísio deve explicações às autoridades Valter Campanato/Agência Brasil - 31.5.2023

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou neste domingo (27) que declaração do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas em relação ao candidato Guilherme Boulos não deve ser ignorada pelas autoridades competentes. Mais cedo, Tarcísio afirmou que foram realizadas interceptações de mensagens de membros do PCC que orientavam voto no candidato do PSOL, que adversário do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por ele. Além disso, relatou que o governo paulista trocou informações do caso com o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral-SP).

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“A declaração do Governador Tarcísio em relação a Boulos compromete os princípios republicanos que deveriam guiar o processo eleitoral. Tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições”, disse Messias.

O TRE-SP afirmou ao R7 que não recebeu relatório algum de inteligência tampouco nenhuma informação sobre o caso que envolve supostas orientações eleitorais por parte de integrantes de uma facção criminosa, na capital paulista.

Guilherme Boulos, por sua vez, afirmou que o caso é um “laudo falso do segundo turno”. “Dia de eleição, dia decisivo. Imaginei que ao menos hoje fosse um dia mais tranquilo em relação às mentiras que nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas recebi uma notícia, agora há pouco, de algo que beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio, acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim”, disse o candidato.


As declarações foram anunciadas por Tarcísio ao lado de Nunes. O governador ressaltou uma “ação coordenada” de uma facção que seria uma ameaça à segurança das eleições municipais. O episódio gerou reação do PT (Partido dos Trabalhadores), que pediu que o chefe do Executivo paulista fosse responsabilizado por crime eleitoral.


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