Conar determina mudança em campanha que alegava queda de audiência da TV aberta
Conselho avaliou que dados de publicidade levavam telespectadores ao erro; campanha terá que ser adequada para reexibição
Brasília|Do R7, em Brasília

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) determinou mudanças em uma campanha publicitária que apresentava números indicando uma suposta substituição da TV aberta no Brasil pela plataforma YouTube. A campanha, com o slogan “A TV do Brasileiro Mudou” destacava que um determinado canal da plataforma digital teve 25 milhões de usuários apenas no Campeonato Paulista de Futebol de 2024, o que teria configurado um “aumento de 122% da audiência média comparada ao ano de 2023″. A campanha também dizia que 70% da audiência estavam em TVs conectadas.
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A campanha publicitária foi alvo de processo da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) que questionou os dados apresentados, afirmando que o teor do anúncio apresentava dados que não refletem a realidade do mercado audiovisual brasileiro, distorcendo a realidade do consumo de TV aberta no Brasil.
A associação citou o Relatório Kantar Ibope de 2023, que revela que 74,3% do consumo total de vídeo no país é feito por meio da TV linear, enquanto 25,7% são via vídeo online, sendo 16% desse percentual relativo ao YouTube.
Na última semana, o Conar avaliou como procedente a representação da associação e recomendou a alteração do anúncio.
A decisão estipulou que, em caso de republicação da campanha, o anunciante modifique a mensagem para deixar claro que a mudança mencionada se refere especificamente à audiência do canal que transmitiu as partidas do Campeonato Paulista, e não aos números da TV de forma geral.
A relatora do caso no Conar afirmou que os dados fornecidos no anúncio não foram suficientes para sustentar a afirmação de que “a TV do brasileiro mudou”. Segundo ela, os dados apresentados confundem a mensagem e a informação para o público.
O R7 tentou contato com a empresa responsável pela propaganda. No entanto, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.















