Condenado a 254 anos, Bin Laden do PCC se forma em presídio de segurança máxima no DF
Célio Marcelo da Silva concluiu ensino médio no último dia 10; ele é apontado como autor do sequestro da mãe do ex-jogador Robinho
Brasília|Laísa Lopes, do R7, em Brasília, e Natália Martins, da Record TV
Um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), Célio Marcelo da Silva, conhecido como Bin Laden, concluiu o ensino médio na Penitenciária Federal de Brasília. A cerimônia de formatura, que contemplou outros detentos e contou com o com apoio da Divisão de Reabilitação, foi realizada na última terça-feira (10). Preso desde 2005, ele foi condenado a 254 anos de prisão por crimes comuns e hediondos (leia mais abaixo).
A alfabetização e a oferta de ensino médio ocorreram por meio de cooperação técnica com a Secretaria de Educação do Distrito Federal. Segundo a diretora da penitenciária, Amanda Jaqueline Teixeira, a educação é um dos trabalhos prioritários da equipe.
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Entendemos que%2C independentemente do nível e da periculosidade dos presos%2C o acesso à educação%2C mais do que um direito%2C é uma possibilidade de reflexão%2C uma possibilidade de leitura do mundo. É importante que nós demos essa garantia aos presos.
A Penitenciária Federal em Brasília conta com três pedagogos, que acompanham as atividades voltadas à educação ofertadas na unidade prisional. Os detentos também têm a possibilidade de prestar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a conclusão dos níveis fundamental e médio.
Veja no vídeo abaixo: polícia divulga imagens da prisão de integrante do PCC que havia fugido da Papuda
Quem é Bin Laden
Bin Laden foi condenado a 254 anos de prisão — sendo 65 anos e dez meses por crimes comuns e 188 anos e dois meses por crimes hediondos. Ele foi preso em 12 de agosto de 2005, na zona sul de São Paulo, e transferido para a Penitenciária Federal em Brasília, em 2019.
Ele é apontado como autor do sequestro da mãe do ex-jogador de futebol Robinho, que aconteceu em 2004. A mulher ficou 41 dias em cativeiro e foi solta após o pagamento de resgate.
Outra acusação contra o detento foi o sequestro dos empresários Girz Aronson, dono de uma rede de lojas de eletrodomésticos, em 1998, e do fazendeiro João Bertin, proprietário de uma rede de frigoríficos, em 2002.