Conta de luz no DF vai ficar 11% mais cara a partir desta sexta (22)
De acordo com a Aneel, o reajuste será ainda maior para os consumidores residenciais, que representam a maioria na capital
Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília
Começa a valer, nesta sexta-feira (22), o reajuste aprovado das tarifas de energia em São Paulo, Goiás e Brasília aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No Distrito Federal, a conta de luz vai ficar, em média, 11,10% mais cara, impactando mais de 1,1 milhão de clientes.
Os consumidores mais afetados são os de baixa tensão, os residenciais, que representam 95% de todos os clientes no DF. Para esse grupo, o aumento médio chega a 11,85%. Já para os clientes de alta tensão, como comércio e indústrias, o reajuste será de 9,16%.
Diferentemente do reajuste tarifário anual, em que os custos são atualizados pela inflação, a revisão tarifária que passa a valer nesta sexta é feita a cada cinco anos para permitir o equilíbrio econômico-financeiro da concessionária. Neste ano, o índice foi influenciado, sobretudo, pelas despesas com compra de energia pela geração termoelétrica, em razão da crise hídrica.
Em nota, a Neoenergia defendeu que esse foi um dos reajustes mais baixos. "A Enel Goiás, por exemplo, teve reajuste de mais de 16%". Sobre a composição tarifária, a empresa explicou que 14% do valor cobrado na fatura dos consumidores ficam com a empresa para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos.
"Isso significa que, para uma conta de R$ 100, por exemplo, R$ 14 são destinados efetivamente à companhia para operar, manter e expandir todo o sistema elétrico do DF. A maior parte, 47%, é destinada para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 39% do total", justificou.