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COP30: o que é, quando acontece e o que será discutido em Belém

Ao menos 50 mil pessoas devem participar do evento

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ocorrerá em Belém de 10 a 21 de novembro.
  • O evento reunirá cerca de 50 mil pessoas, incluindo delegados, jornalistas e representantes de movimentos sociais.
  • O principal objetivo é limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 °C até o final do século, implementando acordos anteriores, especialmente o de Paris em 2015.
  • A programação será dividida em duas zonas, azul e verde, com debates sobre mudanças climáticas e negociações oficiais.

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04.11.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva de imprensa com jornalistas estrangeiros, na Base Naval de Val de Cães. Belém - PA.
Presidente Lula vai receber líderes mundiais em Belém para a COP30 Ricardo Stuckert/PR - 4.11.2025

Nos próximos dias, a capital do Pará, Belém, sedia a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima — a chamada Conferência das Partes, ou COP30. O evento acontecerá entre 10 e 21 de novembro.

A cada ano, um país recebe o encontro, que tem como principal missão buscar formas de implementar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Esse documento foi adotado por diversos países em 1992, com a meta de estabilizar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.


As COPs começaram em 1995, na Alemanha. Agora, 30 anos depois, vai ser a vez de o Brasil reunir na floresta amazônica líderes de todo o mundo.

O principal objetivo da COP é definir medidas necessárias para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 ºC até o final deste século, acelerando a implementação do que foi negociado nas COPs anteriores, principalmente a de 2015, em Paris.


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O presidente da COP30 é o embaixador André Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ele explica por que as mudanças climáticas estão na pauta mundial há três décadas.

“É um processo que vai exigindo constantes aperfeiçoamentos. Além do mais, no caso da mudança do clima, houve uma grande evolução da ciência, do pensamento econômico sobre o impacto da mudança do clima. Então, as COPs anualmente aperfeiçoam esse processo e criam uma legislação e orientam os países numa direção que, antes de mais nada, é baseada na ciência”, comenta.


“Desde o Rio em 92, a ideia seria de que cada vez mais nós deveríamos acentuar essa responsabilidade histórica dos países envolvidos e as necessidades cidades dos países em desenvolvimento”, completa André Lago.

Quem vai para a COP?

São esperadas cerca de 50 mil pessoas, entre delegados dos países, negociadores, jornalistas e 15 mil representantes de movimentos sociais, que participam de debates paralelos na Cúpula dos Povos.


Os líderes dos países participantes também se encontram em Belém na cúpula de chefes de Estado da COP30, que ocorre antes da programação oficial, entre 6 e 7 de novembro.

Juntos vão sinalizar compromisso político e definir o tom das negociações. Está confirmada a participação de 143 delegações dos 198 países signatários dos tratados internacionais que tratam do tema.

Como funciona a COP?

A programação da COP30 será dividida em dois espaços diferentes: a zona verde e a zona azul. A chamada zona verde vai reunir sociedade civil, instituições públicas e privadas, além de líderes globais, em debates sobre o clima.

A zona azul vai ser o palco oficial das negociações da Cúpula de Líderes e dos pavilhões nacionais. Para a zona azul é autorizada a entrada de delegações oficiais, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada.

É nesse ambiente que devem ser definidos os rumos das políticas climáticas internacionais. André Lago conta que, desde 2021, as COPs têm a chamada “Agenda de Ação”, com ampla participação.

“Na agenda de ação, quem vem para a COP são os governos subnacionais, é o setor privado, é a sociedade civil, são os líderes na tecnologia, a academia, e, com base nessas discussões, nós vamos mostrar que existem já imensas respostas e soluções para vários dos desafios que nós temos que enfrentar”, detalha o embaixador.

“A agenda de ação deve dar um dinamismo extraordinário à COP e vai permitir que o setor privado, os governos subnacionais e os demais membros da sociedade civil possam contribuir de maneira incrível, porque já poderão usar de maneira muito clara o que já foi aprovado”, pontua.

Propostas da sociedade

Para os dias de debates contra a emergência climática, diversos movimentos sociais e organizações não governamentais se preparam para levar propostas, cobrar medidas e exigir o cumprimento delas. Entre as entidades, está o Observatório do Clima.

Especialista em política climática da organização, Stela Herschmann avalia que as COPs vêm avançando nas medidas para conter o avanço das mudanças climáticas, mas acredita que isso ocorre de forma lenta.

“A ciência já mostrou o caminho, a gente tem diversos avanços que a gente pode citar como importantes para enfrentamento da crise climática, mas ainda não foram respostas na velocidade que a gente precisa, com a rapidez e com o corte que a ciência indica que tem que ser feito”, comenta.

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